Seria “Me Chame Pelo seu Nome” uma versão, igualmente centrada na temática gay, mas mais abastada, elitista de “Moonlight –
Sob a Luz do Luar” (2016), vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2017 e de outras duas estatuetas? Ao analisarmos unicamente o enredo
do filme dirigido pelo italiano Luca Guadagnino, baseado na novela de André Aciman, de origem ítalo-egípcia, a conclusão imediata que se
apresenta é que “Moonlight” explorou uma gama muito mais ampla de temas complexos, independentemente do contexto, seja em um país
extremamente rico e desigual (nos referimos aos Estados Unidos, onde se desenrola a história retratada por Barry Jenkins), ou em um cenário
idílico que parece feito sob medida para deleite dos sentidos, como a região indeterminada onde Aciman situa sua narrativa – sabemos apenas
que fica ao norte da Itália, particularmente ensolarada no verão, com pouca disparidade socioeconômica entre sua população nativa.
É importante acrescentar que a imigração, por motivos diversos, trouxe inúmeros imigrantes para toda a Europa, sem planejamento ou
compensação financeira por parte de seus países de origem. No entanto, essa discussão mereceria um artigo separado e seria mais apropriada
para a narrativa de “Moonlight”.
Filme: Me Chame Pelo seu Nome
Direção: Luca Guadagnino
Ano: 2017
Gênero: Romance/Drama
Nota: 9/10