O Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, defendeu o fim da saída temporária concedida a detentos dos sistemas prisionais. Ele fez esse posicionamento após a morte de um policial militar de Minas Gerais, que foi assassinado por um foragido que estava em benefício da Justiça, mesmo tendo uma extensa ficha criminal.
Segundo Caiado, não é possível conceder liberdade temporária para criminosos que podem voltar a cometer delitos. Ele afirmou que esse caso ocorrido em Minas Gerais reforça a necessidade dos governantes tratarem a segurança pública como uma prioridade e não apenas um discurso político.
Durante uma apresentação sobre a queda dos índices criminais em Goiás no ano de 2023, o governador ressaltou a importância de colocar em prática a manutenção da segurança pública e a garantia do direito constitucional do cidadão. Ele destacou que em Goiás, ao contrário de outros estados, a segurança tem resultado, enquanto muitos estão tomados por facções e pelo crime organizado.
Caiado também enfatizou a necessidade de que os criminosos cumpram integralmente suas penas, para evitar casos como o do policial morto em Minas Gerais. Ele considera um absurdo que detentos aproveitem momentos festivos em família, como o Natal e Ano Novo, para cometerem crimes.
A saída temporária, prevista na lei de Execuções Penais, é um benefício concedido aos presos do regime semiaberto, que podem deixar a prisão até cinco vezes ao ano, por um período máximo de sete dias. No caso do sargento Cunha, o detento deveria ter retornado à prisão no dia 23 de dezembro. O autor dos disparos, que já era considerado foragido pela polícia, possui 18 registros policiais.
O governador ressaltou a necessidade de mudanças na legislação penal para evitar que situações como essa voltem a ocorrer e considera um desrespeito às autoridades que lutam para colocar bandidos na cadeia.