A garota maltratada pela madrasta, os ratinhos amigos, as irmãs invejosas, a fada madrinha, o sapatinho de cristal, a carruagem que vira abóbora… Você conhece essa história. Cinderela, do diretor Kenneth Branagh, passa por uma jornada bem parecida com a da consagrada animação da Disney, de 1950. Mas, em vez de representada pelos coloridos traços do desenho, ganhou o belo rosto de Lily James, conhecida pela série Downton Abbey. A versão live action (combinação entre realidade e animação) chega às telonas. Clique aqui e veja os horários dos exibições na cidade.
O Longa
Reconta o clássico com algumas modificações. Por exemplo, o longa não tem músicas cantadas pelos personagens como no desenho. Os ratinhos amigos de Cinderela, que na animação eram divertidos e tagarelas, dessa vez, não usam roupinhas e não falam. Mesmo assim, os roedores da nova versão, animados por efeitos especiais, têm seu charme, além de serem responsáveis por momentos engraçados.
Apostas para agradar os espectadores mais jovens são o visual colorido e cheio de vida e o humor atrapalhado das filhas da madrasta, interpretadas por Sophie McShera, também de Downton Abbey, e Holliday Grainger, de Os Bórgias. Para os fãs adultos, a satisfação pode vir da forma segura com que o clássico foi readaptado.
A falta de ousadia em relação ao roteiro é o principal problema do filme, que não traz novidades suficientes para tornar a produção única. Diferentemente de Malévola, de 2014, que, apesar de ter também seus defeitos, readaptou de maneira original a história de Bela Adormecida ao escolher a vilã como protagonista. Falta também algum ator que faça o que a Angelina Jolie fez por Malévola, dando ao seu personagem, pela atuação, complexidade e sutileza.
Cate Blanchett, no papel de madrasta, bem que tenta e entrega uma boa performance, mas seu tempo de tela é muito curto e não faz diferença para a qualidade do longa como um todo. O elenco conta ainda com outros nomes de peso que não conseguem destaque, como Richard Madden (Game of Trones), no papel de príncipe, e Helena Boham Carter, que dá vida à Fada Madrinha e já havia participado da readaptação live action de Alice no País das Maravilhas, dirigida por Tim Burton.
Apesar das falhas, para as crianças que ainda não conhecem a história da gata borralheira, Cinderela pode ser uma boa porta de entrada por seus gráficos convidativos e roteiro voltado para os mais novos. Já para os adultos apaixonados pelo clássico, vale conferir a nova roupagem da história, mas sem esperar grandes inovações.
Fonte: Crescer
Assista o trailler de Cinderela: