O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados complementares do Censo Demográfico 2022, que detalham as condições das comunidades urbanas em diversas regiões do Brasil, incluindo informações sobre a população e os domicílios.

Segundo o levantamento, Anápolis conta com 7.477 pessoas vivendo em 2.723 domicílios considerados como favelas ou comunidades urbanas. Esse contingente representa 1,87% da população total da cidade, um percentual notavelmente menor que a média nacional, que é de 8,1%.

Essas comunidades em Anápolis estão localizadas em seis áreas principais: Novo Paraíso I e II, Vila João XXIII, Ocupação da Rede Ferroviária Federal, Bordon e Jardim Esperança. Dentre esses, o Jardim Esperança é uma região com maior número de moradores, abrigando 4.471 pessoas e situando-se próximo à saída para Gameleira de Goiás.

A pesquisa também apontou que a idade mediana dos moradores nessas comunidades em Anápolis é de 28 anos, diminuindo uma população relativamente jovem. Esse número é progressivamente inferior à idade mediana nas comunidades urbanas em nível nacional, que é de 30 anos, e bem abaixo da mediana geral do país, de 35 anos.

Outro aspecto importante revelado pelo Censo é a composição racial dos moradores. Em Anápolis, 24,8% dos habitantes dessas áreas são identificados como brancos, enquanto 64,8% se declaram pardos, evidenciando uma distribuição racial diferente da média do restante da cidade.

Para a definição de favelas e comunidades urbanas, o IBGE introduziu um conceito mais abrangente, que inclui, além das imagens típicas de habitações em encostas de morros, quatro critérios principais: insegurança na posse da terra, ausência ou insuficiência de serviços públicos, irregularidades nos padrões urbanísticos e ocupação de áreas de risco ou restritas.

No contexto do estado de Goiás, o Censo indicou a existência de 152 comunidades urbanas e favelas, totalizando 94.518 moradores. Goiânia apresenta o maior número de residentes nessas áreas, seguida por Novo Gama e Águas Lindas. Além disso, o estado é o terceiro no ranking nacional em percentual de domicílios com esgotamento por fossa rudimentar ou buraco, atingindo 44,2%, o que reflete desafios significativos em termos de saneamento básico.

FONTE: Redação – Janayna Carvalho

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