O apresentador Edu Guedes, de 51 anos, permanece internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Ele passou por uma cirurgia no último sábado (5), logo após receber o diagnóstico de câncer no pâncreas. Desde então, a equipe médica afirma que sua recuperação tem sido surpreendente, especialmente pela evolução rápida. Diante disso, o caso do chef de cozinha reacende a lembrança de outras histórias semelhantes, como, por exemplo, a do jornalista Marcelo Rezende, que infelizmente faleceu em 2017, vítima da mesma doença.

Cirurgia durou seis horas e recuperação evolui bem
A operação realizada em Edu Guedes foi uma pancreatectomia robótica, com duração de seis horas. O procedimento retirou nódulos encontrados após exames realizados em decorrência de uma infecção anterior nos rins. Desde então, o apresentador responde bem ao tratamento, e os médicos destacam que ele passou a noite de domingo para segunda (7) em condições estáveis.
Segundo a jornalista Silene Gonçalves, que atualizou o público durante o programa “Fica Com a Gente”, da RedeTV!, Edu está se recuperando com força e otimismo. “Cada dia é uma vitória”, afirmou. A equipe médica considera os próximos sete dias como cruciais para o progresso do tratamento.
Câncer no pâncreas é uma doença silenciosa e agressiva
O câncer no pâncreas é conhecido por ser silencioso e apresentar sintomas apenas em estágios mais avançados. Entre os sinais comuns estão perda de peso, dor abdominal, icterícia, urina escura e fezes esbranquiçadas. O diagnóstico geralmente ocorre por meio de ressonância magnética, tomografia e biópsia da lesão.
Muitos pacientes só descobrem a doença em estágio avançado, o que dificulta as chances de cura. Atualmente, cerca de 90% dos diagnosticados falecem em até cinco anos. A taxa de cura global é inferior a 10%.
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Marcelo Rezende também enfrentou a doença
Em 2017, o apresentador Marcelo Rezende descobriu o câncer de pâncreas em estágio avançado. O tumor já havia se espalhado para o fígado quando ele decidiu interromper a quimioterapia tradicional para tentar tratamentos alternativos. Poucos meses após o diagnóstico, Rezende faleceu aos 65 anos.
A semelhança com o caso de Edu Guedes chama a atenção do público, especialmente pelo impacto emocional causado por figuras tão queridas da televisão brasileira enfrentarem a mesma doença grave.
Outros famosos já lidaram com a mesma condição
Além de Edu Guedes e Marcelo Rezende, outros nomes conhecidos já enfrentaram ou ainda enfrentam o câncer pancreático. Entre eles estão:
- Tony Bellotto, guitarrista dos Titãs, diagnosticado em março de 2025, passou por cirurgia e segue em recuperação.
- Steve Jobs, fundador da Apple, faleceu em 2011, oito anos após o diagnóstico.
- Patrick Swayze, ator americano, lutou contra o câncer por dois anos antes de morrer em 2009.
- Luciano Pavarotti, tenor italiano, morreu em 2007 após mais de um ano de tratamento.
- Raul Cortez, ator brasileiro, enfrentou a doença entre 2004 e 2006.
- Léo Batista, jornalista esportivo, faleceu em janeiro de 2025, aos 92 anos.
- Jackson Antunes, ator, revelou que superou um câncer de pâncreas agressivo há seis anos, mantendo a luta em sigilo.
Tratamento e esperança
Apesar das estatísticas duras, a medicina tem avançado. Em alguns casos, como o de Edu Guedes, a cirurgia associada à quimioterapia e radioterapia pode oferecer resultados positivos, principalmente quando o tumor é detectado precocemente.
As técnicas cirúrgicas, como a pancreatectomia distal ou a duodenopancreatectomia, permitem a retirada de partes do pâncreas comprometidas pela doença. Além disso, o tratamento com quimioterapia neoadjuvante tem sido fundamental para reduzir o tamanho dos tumores antes da cirurgia.
Cada caso é único
Os oncologistas ressaltam que o câncer de pâncreas pode se manifestar de forma diferente em cada paciente. Fatores genéticos, condições clínicas anteriores e tempo do diagnóstico influenciam diretamente no tratamento e no prognóstico.
Portanto, embora a história de Marcelo Rezende naturalmente gere preocupação, é importante destacar que o quadro de Edu Guedes pode seguir um rumo diferente. Isso se deve, principalmente, à sua rápida resposta ao tratamento, que traz não apenas esperança, mas também reforça, de forma contundente, a importância da detecção precoce, do diagnóstico preciso e do acompanhamento médico contínuo e rigoroso.
Fonte: Redação
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