Falsas enfermeiras são presas após homem ficar impotente

Uma operação da Polícia Civil prendeu, na última quinta-feira (20), Maria Silvânia Ribeiro, acusada de exercer ilegalmente a profissão de enfermeiras e realizar procedimentos estéticos que resultaram em graves deformações em seus pacientes. A investigação, que teve início em dezembro de 2023, revelou que uma suspeita, sob a fachada de biomédica, induziu os clientes a acreditarem que ela estava habilitada para realizar procedimentos de estética invasivos, utilizando substâncias proibidas para tais tratamentos.

Maria Silvânia, que possuía registro falso de enfermeira, operava sua clínica de estética no Parque Ibirapuera, em Aparecida de Goiânia. Segundo a delegada Débora Melo, da Delegacia Especializada do Consumidor (Decon), a investigação foi motivada após uma mulher ter sido hospitalizada em estado grave após realizar um preenchimento nos glúteos, sendo necessária a internação na UTI. A Vigilância Sanitária localizou uma clínica após o ocorrido, onde constatou irregularidades e procedeu à interdição do local.

Durante a apuração, foi revelado que Maria Silvânia aprendeu a praticar os procedimentos ilegais com Luana Nadejda Jaime, ex-miss Goiás e proprietária de uma clínica de estética em Goiânia. Luana, que possui um longo histórico criminoso, incluindo uma acusação de homicídio em Anápolis nos anos 2000, ensinou Maria Silvânia a usar produtos inadequados e até perigosos em seus clientes, como PMMA (substância proibida para preenchimento). As duas são suspeitas de causar deformações em pelo menos seis pessoas, incluindo um homem que perdeu a funcionalidade do pênis após um procedimento indevido de preenchimento peniano.

Após a interdição da clínica e da prisão de Maria Silvânia, mais vítimas foram denunciadas à polícia, revelando que os abusos se estendiam para além das duas primeiras vítimas conhecidas. Diante disso, foram expedidos mandados de prisão preventiva para ambas as investigadas. Enquanto Maria Silvânia foi presa e levada para o Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Aparecida de Goiânia, Luana fugiu para o exterior. A Interpol foi acionada para incluir Luana Jaime na lista de procurados internacionais.

As duas acusadas irão responder por lesões corporais graves, falsificação de documentos, exercício ilegal da medicina e outros crimes. As penas podem ultrapassar 15 anos de prisão, dependendo da evolução do inquérito. A divulgação das imagens de Maria Silvânia e Luana Jaime tem como objetivo localizar novas vítimas e fortalecer o caso, ajudando a identificar mais crimes cometidos pelas suspeitas.

A Polícia Civil segue investigando o caso e alertando sobre a importância da verificação dos registros profissionais antes de realizar qualquer procedimento o estético.

FONTE: Redação 

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