O Museu de Artes Plásticas de Anápolis (Mapa) lançou nasexta-feira, 1º, mostra com trabalhos fotográficos do acervo da instituição. O público visitante vai poder apreciar os trabalhos dos artistas anapolinos Isaac Alarcão, Joardo Filho, Tiago Alarcão e Valdson Ramos; do carioca Guilherme Portela, do mineiro César, da catarinense Noara Quintana e da goianiense, radicada no Canadá, Ludmila Steckelberg.
O curador da exposição, Paulo Henrique Silva,explica que a exposição reúne trabalhos pertencentes ao acervo do Museu, que foram adquiridos por meio de prêmios aquisitivos do Salão Anapolino de Arte, evento realizado anualmente pela Prefeitura via Secretaria de Cultura e Galeria Antônio Sibasolly e doações realizadas pelos artistas à instituição.Para Paulo Henrique, quem visitar a mostra terá a oportunidade de conhecer trabalhos de artistas que utilizam a fotografia como meio de diálogo com o mundo.
Segundo Paulo, a exposição discute a relação do homem e o meio em que ele habita, no caso, ora a paisagem urbana, ora a paisagem rural. A curadoria foi realizada com a intenção de criar uma narrativa que permita ao apreciador, observar as diversas formas em que se pode aplicar a mídia da fotografia, uma vez que alguns artistas lançam mão do recurso tecnológico para registrar ações performáticas, outros para gravar suas memórias e até mesmo propor uma tentativa de aprisionamento de uma situação temporal.
Com relação a tentativa de aprisionar momentos vividos pelo homem contemporâneo, destaca-se o trabalho de Joardo Filho, que desenvolve um experimento com a fotografia analógica que parte da construção da própria câmera com caixa de fósforo. Ele se apropria dos defeitos dessa manufatura sem apuro técnico para abordar a experiência humana no espaço urbano, que envolve o deslocamento, o transcorrer do tempo e a memória.
A curadoria destaca, também, os trabalhos de Valdson Ramos e Ludmila Steckelberg,que abordam a relação de tempo e memória. O trabalho de Ramos premiado no Salão Retratos de Sua História, edição especial do Salão Anapolino, para comemoração dos 100 anos de Anápolis, apresenta imagens que registram a evolução trazida pelos trilhos à uma cidade de vocação industrial . O artista ao alinhar lado a lado imagens de trilhos em preto e branco a de um sinal verde de semáforo, cria uma relação de tensão entre passado, presente e futuro.
Ludmila, por meio da manipulação digital de fotografias de álbuns de família cria uma narrativa melancólica ao formar sombras fantasmagóricas. É perceptível a intenção da artista de tentar provocar no público, mesmo que por alguns instantes, uma busca imagética em sua memória por lembranças que remetem a sua própria história. A exposição irá contar com ações educativas realizadas pela equipe do Museu para grupos avulsos de visitantes e estará aberta ao público em horário comercial, das 8h às 18h, até 13 de maio.
Serviço
Local: Museu de Artes Plásticas de Anápolis – MAPA – Praça Americano do Brasil, S/N – Centro
A exposição fica aberta ao público até 13 de maio, das 8h às 18h (menos sábados, domingos e feriados)