Março é um mês dedicado às reflexões sobre as conquistas femininas, mas também um período essencial para reforçar a importância do autocuidado. A realização de exames preventivos é fundamental para a saúde da mulher em todas as fases da vida, permitindo a detecção precoce de doenças silenciosas e garantindo um acompanhamento médico adequado.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que o câncer de mama segue como o mais incidente entre as brasileiras, com uma estimativa de 74 mil novos casos para o triênio 2023-2025. Paralelamente, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) aponta que cerca de 36 milhões de mulheres entre 25 e 64 anos nunca realizaram o exame de Papanicolau, essencial para a detecção precoce do câncer de colo do útero.
A ginecologista Luciana de Paiva Nery Soares, do Sabin Diagnóstico e Saúde, reforça a importância da prevenção como ferramenta essencial para uma vida mais saudável. “Exames periódicos permitem identificar doenças em estágios iniciais, como o câncer de mama e do colo do útero, aumentando as chances de um tratamento eficaz e da cura”, destaca.
Para incluir o autocuidado nas celebrações do Mês da Mulher, especialistas recomendam um conjunto de exames essenciais para cada faixa etária. Até os 20 anos, a consulta ginecológica deve ser realizada anualmente a partir da primeira menstruação ou do início da vida sexual, permitindo a prevenção de doenças como infecções urinárias recorrentes, síndrome dos ovários policísticos e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Entre os 21 e 30 anos, o exame de Papanicolau passa a ser indispensável, especialmente para a detecção do HPV e do câncer do colo do útero. A ecografia pélvica também ganha relevância para avaliar condições como cistos ovarianos e endometriose. Exames de rotina, como hemograma, perfil lipídico e glicemia, auxiliam no diagnóstico precoce de diabetes, colesterol alto e doenças cardiovasculares.
Dos 31 aos 40 anos, a mamografia pode ser indicada em casos de histórico familiar de câncer de mama, sendo complementada pela ecografia das mamas para detecção de cistos e alterações estruturais. Os exames hormonais tornam-se fundamentais para monitorar possíveis desequilíbrios que afetam o ciclo menstrual, fertilidade e metabolismo.
A partir dos 40 anos, a mamografia passa a ser recomendada anualmente, independentemente do histórico familiar, para identificação precoce de microcalcificações e nódulos suspeitos. O check-up cardiovascular também ganha destaque, incluindo exames como eletrocardiograma e teste ergométrico, devido ao aumento do risco de doenças como hipertensão arterial e infarto. A densitometria óssea é indicada para mulheres com fatores de risco para osteoporose.
Aos 50 anos ou mais, a colonoscopia passa a ser recomendada para rastreamento do câncer colorretal, devendo ser repetida conforme orientação médica. A densitometria óssea, nessa fase, torna-se parte da rotina a cada dois anos para prevenir fraturas decorrentes da osteoporose.
O cuidado com a saúde feminina vai além da prevenção de doenças. Um estilo de vida equilibrado, com alimentação saudável, controle do estresse e prática regular de atividades físicas, é essencial para promover o bem-estar. “Com acompanhamento médico e exames em dia, é possível garantir mais qualidade de vida e longevidade”, finaliza a especialista.
FONTE: Redação
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