A Estação Prefeito José Fernandes Valente ou tão somente Estação Ferroviária de Anápolis, marco do desenvolvimento econômico do município e de sua expansão urbana, iniciados na década de 1940, ficou anos escondida e quase esquecida, um prédio antigo, sujo e sem serventia. Mas, no final de novembro do ano passado, após mais de dez anos de batalhas e desobediências às determinações judiciais, o respeito pela história da cidade venceu a guerra contra a ignorância e iniciou-se o trabalho de reconstrução e restauração da velha estação, que ali está desde 1935.
O trabalho de restauração se tornou possível graças à aprovação de projeto apresentado pela Secretaria Municipal de Cultura ao Ministério da Justiça e com o qual se obteve recursos no valor de R$ 400 mil, quase completando o orçamento total do serviço que é de R$ 538.878,49, explica o secretário municipal de Cultura, Augusto César de Almeida. Ele destaca que vai funcionar naquele espaço o Centro Cultural de Preservação da Memória Maestro Sisenando Gonzaga Jaime, que vai abrigar o Museu da Imagem e do Som e o Centro de Memória do Transporte, com ênfase no modal ferroviário.
O Centro Cultural de Preservação da Memória foi criado pela Lei 3.091, de 14 de setembro de 2004, de autoria do então vereador e hoje secretário municipal de Governo, Mozart Soares. Tombada como patrimônio histórico do município, a antiga estação, símbolo do desenvolvimento econômico que chegou a Anápolis pelos trilhos da Estrada de Ferro, na década de 1930, é o espaço ideal para abrigar a memória audiovisual da cidade, afirma o secretário municipal de Cultura, Augusto César de Almeida. “Este é um benefício histórico que permite um resgate cultural da cidade muito importante para a população”, destaca o secretário.