A apresentadora Angélica compartilhou sua experiência com a menopausa precoce, reacendendo o debate sobre como identificar e lidar com essa condição. Aos 51 anos, Angélica revelou que enfrentou dificuldades para obter um diagnóstico correto aos 43 anos, destacando a importância de um olhar atento para os sintomas.
O caso de Angélica, embora possa parecer raro, é mais comum do que se imagina. A menopausa precoce, também conhecida como insuficiência ovariana prematura, ocorre quando os ovários deixam de funcionar antes dos 40 anos. Essa condição pode ter um impacto significativo na qualidade de vida das mulheres, tornando o diagnóstico precoce essencial para o manejo adequado dos sintomas.
Quais são os sintomas da menopausa precoce?
A médica ginecologista Maira Campos contou, em entrevista à CARAS Brasil, que os sintomas da menopausa precoce podem ser variados e, muitas vezes, confundidos com outras condições. Entre os sinais mais comuns estão irregularidades menstruais, ondas de calor, suores noturnos, alterações de humor e dificuldades para dormir. No entanto, em mulheres jovens, esses sintomas podem ser erroneamente atribuídos a fatores como estresse, uso de contraceptivos ou desequilíbrios hormonais, como problemas na tireoide.
É crucial que as mulheres estejam atentas a essas mudanças em seus corpos e busquem orientação médica especializada. O diagnóstico geralmente é feito por meio de exames hormonais, sendo a dosagem do FSH (hormônio folículo-estimulante) um dos principais indicadores. Níveis persistentemente elevados de FSH, associados à queda dos níveis de estrogênio, são sinais claros de insuficiência ovariana prematura.
Como é feito o diagnóstico da menopausa precoce?
O diagnóstico da menopausa precoce exige uma abordagem cuidadosa e especializada. Além dos exames hormonais, é importante considerar o histórico médico da paciente e realizar uma avaliação clínica detalhada. A ginecologista endócrina Maira Campos destaca que a confusão no diagnóstico pode ocorrer devido à semelhança dos sintomas com outras condições, reforçando a necessidade de uma investigação minuciosa.
Além dos exames de FSH e estrogênio, outros testes podem ser realizados para descartar causas secundárias dos sintomas, como distúrbios da tireoide ou problemas metabólicos. A consulta com um especialista é fundamental para garantir que todas as possibilidades sejam consideradas e que o tratamento adequado seja iniciado o quanto antes.
Qual é o impacto do diagnóstico tardio?
O diagnóstico tardio da menopausa precoce pode ter consequências significativas para a saúde e o bem-estar das mulheres. Sem o tratamento adequado, os sintomas podem se intensificar, afetando a qualidade de vida e aumentando o risco de complicações a longo prazo, como doenças cardiovasculares e osteoporose.
Para Angélica, o diagnóstico tardio significou anos lidando com sintomas sem a compreensão completa do que estava acontecendo. Essa experiência ressalta a importância de aumentar a conscientização sobre a menopausa precoce e de incentivar as mulheres a buscarem ajuda médica ao primeiro sinal de anormalidade.
Fonte: Redação
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