A Caixa Econômica Federal iniciou o pagamento de valores significativos do FGTS via PIX para trabalhadores demitidos sem justa causa entre janeiro de 2020 e fevereiro de 2025. A liberação foi possível após o governo federal aprovar uma medida provisória, que autorizou essa operação. Nesta segunda etapa, o total pago já atingiu R$ 6,4 bilhões, reforçando o impacto da ação para milhões de brasileiros.
Saques chegaram a mais de 8 milhões de pessoas
A Caixa Econômica Federal informou que 8,1 milhões de trabalhadores receberam os valores na última rodada de pagamentos, que terminou no dia 20 de junho. O banco organizou os depósitos seguindo um calendário escalonado, baseado no mês de nascimento dos beneficiários. Assim, os nascidos entre setembro e dezembro foram os últimos a receber.
Em vários casos, o valor liberado superou R$ 3 mil. Na fase anterior, realizada em março, a Caixa transferiu R$ 5,3 bilhões para outros 10,1 milhões de brasileiros que tinham até R$ 3 mil bloqueados no fundo.
Como o valor foi calculado
O valor que cada trabalhador recebeu variou conforme o saldo retido no FGTS. Quem já havia sacado até R$ 3 mil em março teve acesso agora à diferença complementar.
A Caixa também adicionou os rendimentos dos meses de março, abril e maio, aplicando a Taxa Referencial (TR) e juros de 3% ao ano. Além disso, considerou os saldos acumulados que os trabalhadores ainda não haviam retirado até 1º de junho.
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Quem precisou sacar manualmente
A maioria dos trabalhadores recebeu os valores via PIX de forma automática, diretamente na conta informada no aplicativo FGTS, até o dia 28 de maio. No entanto, quem não indicou nenhuma conta até essa data precisou se dirigir a uma agência da Caixa, casa lotérica ou terminal de autoatendimento para fazer o saque manualmente.
Atenção para o prazo final
Quem ainda não sacou os valores da primeira fase do pagamento, realizada em março, deve fazê-lo até o dia 27 de junho. Caso contrário, a Caixa pode devolver esses recursos ao fundo após essa data.
Nem todos receberam o valor total
Ao todo, 12,2 milhões de pessoas receberam valores por meio da liberação extraordinária. No entanto, apenas 2,5 milhões conseguiram acessar o valor total disponível no fundo.
A maioria, cerca de 9,6 milhões de trabalhadores, acabou recebendo menos. Isso aconteceu porque muitos já haviam antecipado o saque-aniversário por meio de empréstimos com instituições financeiras.
Essas operações usam como base o valor que seria sacado futuramente, o que reduz automaticamente o montante liberado agora. Por isso, quem optou pela antecipação teve descontos diretos na quantia repassada pela Caixa.
Regras continuam valendo para novas demissões
A medida provisória vale apenas para quem foi demitido até fevereiro de 2025. Já os trabalhadores que perderam o emprego a partir de março continuam seguindo as regras originais do saque-aniversário.
Nesse caso, eles podem sacar somente a multa rescisória de 40% e, por enquanto, não têm acesso imediato ao saldo total do FGTS. Por isso, é importante que os trabalhadores fiquem atentos às datas e às condições específicas da medida.
Fonte: Redação
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