A Caixa Econômica Federal iniciou nesta segunda-feira (20) o financiamento de imóveis com valor de até R$ 2,25 milhões, superando o teto anterior de R$ 1,5 milhão. Com isso, o banco e o governo federal buscam facilitar a compra da casa própria, tornando o processo mais acessível e inclusivo. Além disso, a medida moderniza o crédito habitacional, amplia oportunidades para famílias de classe média e movimenta o setor imobiliário.

Com o novo limite, o FGTS passa a ter maior utilização, permitindo que famílias abatam parte do valor do imóvel, paguem parcelas mensais ou quitem totalmente o financiamento. Assim, a Caixa oferece mais flexibilidade, maior poder de compra e mais segurança financeira para os compradores.
Novas regras para financiamento
A partir de agora, famílias com renda acima de R$ 12 mil podem financiar imóveis de até R$ 2,25 milhões, com juros limitados a 12% ao ano. Além disso, a Caixa já havia aumentado a cota de financiamento de 70% para 80% do valor do imóvel, reduzindo a entrada de 30% para 20%. Dessa forma, o banco facilita o acesso, diminui o impacto inicial no orçamento e amplia as chances de aquisição do imóvel desejado.
Essas mudanças beneficiam diretamente imóveis de médio e alto padrão, incluindo-os no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que oferece juros menores e possibilita o uso do FGTS. Consequentemente, o novo modelo incentiva a economia, aquece o mercado e proporciona mais oportunidades tanto para compradores quanto para o setor de construção civil.
O que mudou
- Teto de financiamento do SFH subiu de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões
- Juros limitados a 12% ao ano
- Uso do FGTS ampliado para o novo limite
- Benefício direcionado para famílias com renda acima de R$ 12 mil
- Financiamento de 80% na modalidade SAC, com parcelas decrescentes; entrada de 20%
- Na tabela Price, financiamento de 70% com entrada de 30%
Além disso, o novo modelo altera a forma como os bancos utilizam os depósitos da poupança para conceder crédito habitacional. Atualmente, 65% dos recursos precisam ser destinados a financiamentos. Com as novas regras, o percentual chegará gradualmente a 100%, sendo que 80% deverão obrigatoriamente financiar imóveis dentro do SFH. Isso garante maior previsibilidade, estabilidade e segurança para compradores e instituições financeiras.
Como usar o FGTS
O FGTS pode ser utilizado de diversas formas. Primeiramente, ele pode reduzir o valor financiado na entrada, diminuindo o esforço financeiro inicial. Em seguida, também pode amortizar o saldo devedor, reduzindo parcelas ou encurtando o prazo de pagamento. Além disso, é possível usar o FGTS para quitar parte das prestações, aliviando o orçamento mensal das famílias e oferecendo mais tranquilidade durante o financiamento.
Passo a passo para solicitar o financiamento
- Reunir documentos, como comprovantes de renda, identidade e declaração de imposto de renda
- Realizar simulação online no site da Caixa, verificando diferentes cenários e valores
- Procurar uma agência com todos os documentos em mãos para formalizar o financiamento
Condições para o comprador
Para acessar o financiamento, o comprador deve cumprir alguns requisitos:
- Ter no mínimo três anos de trabalho sob o regime do FGTS, consecutivos ou não, somando períodos diferentes
- Não possuir financiamento ativo no SFH em qualquer região do país
- Não ser proprietário de imóvel residencial urbano ou de parte residencial de imóvel misto
Condições para o imóvel
O imóvel financiado também precisa atender a regras específicas:
- Avaliação de até R$ 2,25 milhões para uso do FGTS na entrada
- Ser residencial urbano e destinado à moradia do titular
- Estar em plenas condições de habitabilidade e sem vícios de construção
- Não ter sido adquirido com FGTS nos últimos três anos
Além disso, o FGTS pode ser usado para reformar ou ampliar imóveis, comprar terrenos, adquirir material de construção ou financiar imóveis residenciais para familiares. Assim, o banco oferece diversas possibilidades, facilitando a aquisição, manutenção e valorização do patrimônio.
Impacto no mercado
A Caixa lidera o mercado de crédito imobiliário, com 66,8% de participação. Em 2024, o banco alcançou R$ 223,6 bilhões em contratações, o maior valor registrado em um único ano. No primeiro semestre de 2025, a carteira de crédito atingiu R$ 875,5 bilhões, financiando 369,1 mil imóveis. Essas mudanças reforçam a presença do banco, estimulam o setor e ampliam o acesso à casa própria para milhares de famílias.
Fonte: Redação
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