A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (20) que reduzirá em 4,9% o preço da gasolina vendida às distribuidoras, aplicando a mudança a partir de 21 de outubro de 2025. A empresa realiza esse ajuste como parte da política de alinhamento dos preços internos ao mercado global e, ao mesmo tempo, visa oferecer alívio aos consumidores. Com isso, o valor nas refinarias passa a R$ 2,71 por litro, registrando queda de R$ 0,14. Esta é a segunda redução do ano, totalizando diminuição de 10,3% desde janeiro.
Queda do petróleo impulsiona decisão
O principal motivo da redução envolve a queda nas cotações internacionais do petróleo. Mudanças geopolíticas recentes e a retração econômica global pressionaram a oferta e a demanda, e, por isso, a Petrobras decidiu ajustar os preços. Dessa forma, a estatal busca beneficiar diretamente os consumidores, ao mesmo tempo em que contribui para conter a inflação e manter o mercado estável.
Especialistas explicam que essas reduções devem refletir no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ajudando a desacelerar a alta de preços em todo o país. Além disso, a companhia monitora constantemente o mercado internacional, garantindo ajustes regulares e previsíveis.
Impacto nos postos pode demorar
Embora a redução represente alívio, o efeito direto nos preços ao consumidor nem sempre ocorre imediatamente. Isso acontece porque cada posto considera vários fatores, incluindo custos de transporte, impostos estaduais, margens de lucro e a mistura com etanol anidro, que compõe 27% da gasolina C vendida.
A Petrobras define o preço da gasolina A, ou seja, o combustível puro. Depois, os revendedores misturam o etanol antes de disponibilizar o produto final ao consumidor. Portanto, o impacto total depende da estratégia de cada posto e das condições regionais, mas, gradualmente, a população deve sentir alguma diferença no bolso, especialmente nas cidades onde a concorrência é mais acirrada.
Histórico de ajustes e política de preços
Desde dezembro de 2022, a Petrobras reduziu o preço da gasolina para as distribuidoras em R$ 0,36 por litro, o que equivale a queda de 22,4% considerando a inflação. Essa política de revisão periódica combina o alinhamento aos preços internacionais e a busca por estabilidade para o consumidor, evitando oscilações bruscas.
Além disso, a Petrobras reforça que mantém critérios técnicos claros, avaliando custos de importação e competitividade do mercado interno. Dessa forma, a companhia garante abastecimento seguro, previsível e com menor impacto para os consumidores.
Fonte: Redação
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