A Universidade do Sul da Dinamarca abriga 9.479 cérebros preservados em formol. Eles foram extraídos durante autópsias de pacientes que morreram em institutos psiquiátricos de todo o país ao longo de quatro décadas, até a década de 1980.
Estima-se que seja a maior coleção desse tipo no mundo. Knud Kristensen, presidente da Associação Nacional de Saúde Mental da Dinamarca na época da polêmica sobre a coleção de cérebros, diz ser muito provável que os parentes dos pacientes nem soubessem que seus cérebros estavam sendo preservados e afirmou que muitos dos cérebros da coleção apresentam sinais de lobotomia.”
Um tratamento ruim, com base no que sabemos hoje, mas bastante normal naquela época.’ Quando era presidente da associação, Kristensen esteve envolvido na decisão do que fazer com os cérebros – uma polêmica que passou por vários estágios de discussão.
A principal suposição era de que os órgãos haviam sido coletados sem o consentimento dos pacientes e de seus parentes e, portanto, do ponto de vista ético, não seria correto manter a coleção. Mas, depois de vários anos, o Conselho de Ética da Dinamarca decidiu que era eticamente aceitável que eles fossem usados para pesquisa científica sem o consentimento das famílias. A associação concordou.