Um caso de violência doméstica envolvendo uma criança autista de 12 anos chocou Anápolis. O menino, que tem autismo grau 2 e Transtorno Opositivo Desafiador (TOD), foi agredido pela mãe, Cristiane de Araújo, e pelo irmão mais velho, de 18 anos, enquanto passava as férias sob a guarda compartilhada.
De acordo com o relato do pai, responsável pela criação do menino desde que a mãe o abandonou, a criança chegou à panificadora da família paterna desacompanhada, com olho roxo, hematomas nos braços e outras marcas de agressão. O garoto teria contado que as agressões vieram da mãe e do irmão mais velho.
O episódio ocorreu no 11º dia das férias, período em que o menino estava com a mãe. Sem qualquer aviso, ela deixou a criança na rua do comércio da família do pai, que foi surpreendida com a chegada do menino machucado. “Doeu muito vê-lo assim. Ele já sofre com o abandono da mãe, agora vem mais essa agressão. É revoltante”, desabafou um dos familiares à reportagem.
O pai da criança informou que, além das agressões recentes, a mãe já havia demonstrado comportamento violento anteriormente, chegando a agredir o ex-companheiro na frente do filho, o que teria causado traumas profundos na criança. Ele também destacou que a mãe nunca pagou pensão e que todas as despesas com medicamentos, consultas e terapias são arcadas por ele sozinho.
O caso foi denunciado às autoridades competentes, mas até o momento, nenhuma ação efetiva foi tomada. O pai relatou ainda que tentou entrar em contato com a família materna, mas não obteve resposta. “Queremos justiça. Agredir uma criança especial é crime e precisa ser tratado com seriedade. Não vamos parar até que isso seja resolvido”, afirmou um parente indignado.
O histórico de negligência e abandono por parte da mãe é reforçado por familiares paternos, que também denunciaram a falta de apoio da família materna. “Eles sempre se recusaram a ajudar o neto, mesmo sabendo de suas necessidades especiais”, completaram.
FONTE: Redação
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