Mãe denuncia que menina de 4 anos foi estuprada em hospital de Goiânia

A família de Emanuelly Vitória Rocha de Souza, de 4 anos, denunciou com exclusividade à TV Anhanguera que a menina foi abusada sexualmente dentro do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia. A menina morreu no dia 9 de maio, após ser internada na unidade para tratamento de uma suspeita de apendicite. O suspeito de estuprá-la foi preso, e a polícia aponta que ele fez ao menos três vítimas.

“Eu sempre falei para eles: ‘aconteceu aqui dentro’. Foi ali dentro. Eles sempre negaram”, afirmou a mãe de Emanuelly, Giselly de Souza.

A Secretaria de Saúde de Goiás, responsável pelo Hecad, afirmou que não vai se manifestar sobre o caso, uma vez que a investigação está sendo conduzida pela Polícia Civil. À TV Anhanguera, o advogado do suspeito informou que responderá apenas nos autos do processo.

A Polícia Civil não divulgou o nome do suspeito e informou que o inquérito deve ser finalizado no final da próxima semana.

Mãe denuncia que menina de 4 anos foi estuprada em hospital de Goiânia três dias antes de morrer

Emanuelly Vitória Rocha de Souza morreu de septicemia por apendicite aguda. Suspeito de estuprá-la foi preso, e a polícia aponta que ele fez ao menos três vítimas.

A família de Emanuelly Vitória Rocha de Souza, de 4 anos, denunciou com exclusividade à TV Anhanguera que a menina foi abusada sexualmente dentro do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia. A menina morreu no dia 9 de maio, após ser internada na unidade para tratamento de uma suspeita de apendicite. O suspeito de estuprá-la foi preso, e a polícia aponta que ele fez ao menos três vítimas.

“Eu sempre falei para eles: ‘aconteceu aqui dentro’. Foi ali dentro. Eles sempre negaram”, afirmou a mãe de Emanuelly, Giselly de Souza.

A Secretaria de Saúde de Goiás, responsável pelo Hecad, afirmou que não vai se manifestar sobre o caso, uma vez que a investigação está sendo conduzida pela Polícia Civil. À TV Anhanguera, o advogado do suspeito informou que responderá apenas nos autos do processo.

A Polícia Civil não divulgou o nome do suspeito e informou que o inquérito deve ser finalizado no final da próxima semana.

Conforme o laudo da Polícia Científica, a causa da morte foi septicemia por apendicite aguda. A família relatou que Emanuelly foi levada ao Hecad com dores abdominais, diarreia e vômitos. Inicialmente, a menina foi atendida e liberada com medicação, mas voltou ao hospital com piora dos sintomas, no dia 5 de maio. Ela foi então internada e transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Segundo a família, o abuso teria ocorrido na manhã do dia 6 de maio. A tia de Emanuelly, que estava acompanhando a menina no hospital, afirmou que foi retirada do quarto por um homem e uma mulher que se apresentaram como funcionários do hospital. O homem, identificado como técnico em segurança do trabalho e preso na quinta-feira (8), teria permanecido com a criança durante duas horas, alegando que iria dar banho na menina.

As lesões foram constatadas durante a troca de fraldas, conforme o prontuário médico – veja linha do tempo abaixo. A família foi informada das lesões e autorizou a realização de exames pelo Instituto Médico Legal (IML).

“Eles entraram 8h da manhã. Saíram 10h. Demorou muito. À noite, quando foram levar ela [Emanuelly] para baixo, a assistente social me chamou e me mostrou como estava”, disse a tia, Luana Oliveira.

O prontuário médico de Emanuelly indica que as primeiras lesões genitais foram registradas pela equipe de enfermagem quase 24 horas após a internação. O laudo cadavérico realizado pela Polícia Científica confirmou a presença de lesões íntimas, mas não determinou a origem.

Linha do tempo do prontuário:

3 de maio: Após medicação, o prontuário diz que criança apresentou melhora e foi liberada com orientações para monitorar os sintomas e procurar atendimento médico em caso de piora.

5 de maio: A criança volta ao Hecad após piora. O prontuário diz que ela estava há mais de uma semana com quadro de dor abdominal, diarreia e vômitos. Na data, ela foi internada na “sala vermelha”, com “diurese e evacuação ausente”. Não há relatos de lesões genitais no registro.

6 de maio: O prontuário médico indica que a criança está em estado gravíssimo, apresentando cerca de 10 dias de dor abdominal, diarreia e vômitos. Na data, foram constatadas lesões nos órgãos genitais, identificadas enquanto a fralda era trocada.

7 de maio: O registro afirma que a mãe da criança foi informada sobre as lesões e que há suspeita de abuso sexual. Conforme o relato, a responsável concordou em submeter a criança a um exame no IML.

Prisão e vítimas

O técnico em segurança do trabalho foi preso suspeito de estuprar crianças em Goiânia. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), o homem se aproveitava de informações recebidas em um hospital para identificar famílias com vulnerabilidade onde os pais precisavam se ausentar durante a internação.

Com as informações, segundo a Polícia Civil, o homem entrava em contato com o pretexto de “cuidar das crianças” e abusava delas. A investigação da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Goiânia identificou ao menos três vítimas.

O homem foi preso suspeito de estupro de vulnerável e aliciamento de criança para praticar ato libidinoso. Segundo a polícia, ele é um criminoso sexual e investigado por diversos crimes sexuais contra crianças e adolescentes.

A Polícia Civil não divulgou o que o suspeito disse em depoimento. Além disso, não foi informado se a mulher que, segundo a família, teria também entrado no quarto está sendo investigada.

A conselheira tutelar Érika Reis detalhou que o Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar o caso da criança de 4 anos após os profissionais desconfiarem que ela poderia ter sido abusada sexualmente.

“Ao chegar ao local, o Conselho Tutelar se deparou com a genitora que afirmava que a criança não chegou ao hospital com as escoriações nas partes íntimas. Ao conversar com a genitora, a mesma alegou que havia recebido uma ligação de um suposto funcionário do hospital o qual afirmava que gostaria de poder ajudar a cuidar da criança”, detalhou Érika.

FONTE:G1

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