As pessoas que usam cigarro eletrônico regularmente correm quase duas vezes mais risco de sofrer um infarto em comparação com as não fumantes, segundo mostra um estudo feito pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), divulgado nesta quinta-feira (8/2).
Aproximadamente 3 milhões de brasileiros usam dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) regularmente. Os aparelhos, conhecidos como pods ou vapes, ganharam popularidade especialmente entre os jovens.
“O consumo regular aumenta em 1,79 vez a probabilidade de infarto do miocárdio”, afirmou a SBC, em nota divulgada à imprensa.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária Anvisa abriu, em 2023, uma consulta pública sobre cigarros eletrônicos no Brasil.
A população tem até esta sexta-feira (9/2) para opinar sobre o texto que proíbe a fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar. Após o término do período, a agência vai avaliar e divulgar as contribuições da consulta.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) destaca que estudos já demonstraram que o custo para tratar diversas doenças crônicas decorrentes do tabagismo no Sistema Único de Saúde (SUS) somou 23,37 bilhões de reais em 2011, valor equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e quatro vezes o montante dos impostos federais arrecadados do setor tabaco naquele ano.