IBGE: Casamentos LGBT crescem mais que héteros e batem recorde

Os registros de casamentos entre indivíduos do mesmo sexo tiveram um aumento de 20% em 2022 em comparação com o ano anterior, superando em cinco vezes o crescimento observado nos casamentos entre pessoas de sexos diferentes (com alta de 4%), conforme divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira (27). Vale ressaltar que os dados mencionados são referentes apenas aos casamentos civis formalizados em cartório, excluindo as uniões estáveis.

🌈 Foram 11 mil registros de casamentos homoafetivos em 2022, maior valor desde 2013, quando uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) garantiu o direito à população LGBTQIA+ ao casamento civil.

📊Essas uniões representaram 1,1% do total de casamentos registrados em 2022.

🔎Houve crescimento em todas as regiões do país. A maior alta forai registrada no Norte (32,8%), seguido de Sudeste (23,9%) e Sul (19,5%).

👩‍❤️‍👩Os casais entre mulheres representam 60% do total dos homoafetivos (veja mais no gráfico acima).

💍O número total de casamentos subiu 4% no país, de 932.502 para 970.041, ainda abaixo da média anual registrada antes da pandemia, de 1 milhão entre os anos de 2015 e 2019, e que vinha em queda até 2020 (veja gráfico abaixo).

Número de casamentos civis no Brasil

Houve aumento de 4% em 2022, mas total ainda é menor do que a média dos anos anteriores à pandemia

De acordo com o IBGE, a taxa de nupcialidade é calculada com base no número de casamentos registrados em relação à população de 15 anos ou mais. No ano de 2022, no Brasil, houve uma média de 5,9 casamentos civis para cada mil habitantes nessa faixa etária.

As Regiões Nordeste e Sul apresentaram as menores taxas de nupcialidade, com 5,1 e 5,3 casamentos por mil habitantes, respectivamente, enquanto as Regiões Sudeste e Centro-Oeste registraram as maiores taxas, com 6,5 e 6,7 casamentos por mil habitantes, respectivamente.

💔 Divórcios crescem

Já o número total de divórcios no país em 2022 — 420 mil — cresceu 8,6% em relação ao total contabilizado em 2021 (387 mil).

🚹🚺 Em média, os homens se divorciaram em idades mais avançadas do que as mulheres. Em 2022, na data do divórcio, os homens tinham em média, 44 anos, enquanto as mulheres, 41.

🗓️ Os divórcios também acontecem cada vez mais rápido: o tempo médio entre a data do casamento e a data do divórcio passou de cerca de 16 anos, em 2010, para 13,8 anos em 2022.

👶Nos casos de divórcios judiciais em que o casal tem filhos menores de idade, há uma mudança gradativa em relação à divisão de guarda.

Em 2014, em 85% dos divórcios judiciais, a guarda dos filhos ficava com a mulher. Em 2022, este índice caiu para 50,3%. Ao longo desses oito anos, a guarda compartilhada passou de 7,5% para 37,8% dos casos.

Já os casos em que os homens ficam responsáveis após o divórcio vêm diminuindo. Em 2014, eram 5,5% dos casos, em 2014, 3,3%.

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