Papa sugere, pela 1ª vez, que casais de pessoas do mesmo sexo possam ganhar benção

O Papa Francisco sugeriu pela primeira vez a possibilidade de padres abençoarem casais do mesmo sexo em resposta a cinco cardeais conservadores de diferentes partes do mundo. Ele ressaltou, no entanto, que cada caso seria decidido individualmente e que não se tratava de uma cerimônia de casamento. O

Papa reafirmou a posição da Igreja de que o sacramento do matrimônio é entre um homem e uma mulher aberto à procriação. Ele destacou que a caridade pastoral deve permear as decisões e atitudes da Igreja, afirmando que não devemos apenas negar, rejeitar e excluir.

Embora a Igreja considere a atração pelo mesmo sexo como não pecaminosa, considera atos homossexuais como pecado. Essa nova declaração do Papa contradiz um depoimento anterior em que ele afirmou que a Igreja não poderia abençoar uniões entre pessoas do mesmo sexo por ser um pecado. Alguns especialistas interpretam esse posicionamento como um reconhecimento de que o amor sagrado pode existir entre casais do mesmo sexo e que espelha o amor de Deus.

Sínodo e o futuro da Igreja

O Papa Francisco está abrindo a 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos no Vaticano, que é o ponto culminante de uma ampla consulta mundial sobre o futuro da Igreja católica.

Durante dois anos, os católicos foram convidados a expressar suas opiniões sobre várias questões, incluindo a aceitação de pessoas LGBTQIA+ e divorciadas, o casamento de padres, o papel das mulheres na Igreja e a luta contra a pedofilia.

Durante quatro semanas, os participantes do Sínodo se reunirão para discutir esses temas e os resultados dessas discussões serão entregues ao Papa Francisco, que poderá implementar medidas com base nesses resultados.

A principal novidade desse encontro é a participação de leigos e mulheres, que poderão votar, algo descrito como uma “revolução”. No entanto, é importante destacar que os impactos concretos dessas discussões podem levar algum tempo para serem vistos.

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