Dos 216 criminosos considerados prioritários para captura no país, apenas quatro são mulheres. O dado, divulgado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), chama atenção e revela um recorte pouco comum dentro do crime organizado e da criminalidade violenta brasileira.
Além disso, o levantamento integra o Programa Captura, uma iniciativa federal que reúne, em plataforma pública, os nomes de foragidos de alta periculosidade em todos os estados. Dessa forma, o governo amplia a cooperação entre forças de segurança e incentiva a participação da população na localização desses suspeitos.
Enquanto a maioria esmagadora da lista é composta por homens ligados ao tráfico, facções criminosas e crimes violentos, a presença feminina aparece como exceção — e, ainda assim, em casos de grande gravidade.
Criminalidade de alto impacto segue majoritariamente masculina
Segundo a Senasp, todos os nomes listados representam risco relevante à segurança pública. Entretanto, o número reduzido de mulheres reforça um padrão histórico: crimes de maior visibilidade, estrutura e alcance permanecem dominados por homens.
Além disso, a lista reúne figuras de repercussão nacional, como líderes de facções e articuladores do tráfico internacional. Ainda assim, quatro mulheres conseguiram ocupar posições de destaque dentro de esquemas criminosos, o que despertou a atenção de autoridades e especialistas em segurança.
Quem são as quatro mulheres mais procuradas do país
Carolina Gomes de Brito (MT)
Carolina responde por roubo majorado e recebeu condenação em 2019 pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Na ocasião, ela participou de crimes contra o patrimônio cometidos em conjunto com comparsas.
Além disso, as investigações apontaram que o grupo subtraía veículos, dinheiro, eletrônicos e outros bens pessoais, frequentemente mediante ameaça e violência em vias públicas e estabelecimentos comerciais.
Marítssa Ingridy da Silva Rodrigues (MT)
Conhecida como Jheny, Rapunzel ou Maribomba, Marítssa ocupa posição de liderança no tráfico de drogas em Sorriso, no Mato Grosso. De acordo com a Polícia Civil, ela assumiu o controle da distribuição de entorpecentes após a prisão de antigos parceiros.
Além disso, Marítssa reorganizou a logística e manteve o abastecimento de drogas na região, o que consolidou sua atuação dentro do crime organizado local.
Deuzirene Cardoso Silva (RR)
Deuzirene teve prisão preventiva decretada após investigação que apurou omissão diante de abusos sexuais praticados por seu companheiro contra uma criança de 11 anos.
Segundo o Judiciário de Roraima, ela não tomou providências para impedir o crime, o que motivou a responsabilização penal e sua inclusão entre os foragidos prioritários.
Yasmin Loranne Oliveira Santos (TO)
Yasmin Loranne responde por tráfico de drogas e associação criminosa na 3ª Vara Criminal de Palmas. Conforme denúncia do Ministério Público, ela atuava ao lado de seu companheiro na comercialização de entorpecentes.
Além disso, as investigações indicam que o casal integrava uma estrutura organizada voltada à distribuição de drogas na capital tocantinense.
Programa Captura amplia a cooperação nacional
O Programa Captura surgiu para fortalecer a integração entre estados, polícias e população. Por meio de uma plataforma oficial, o governo facilita o acesso às informações e permite denúncias anônimas sobre o paradeiro de criminosos de alta prioridade.
Portanto, a expectativa das autoridades é que a ampla divulgação acelere as prisões e reduza a circulação de lideranças criminosas em atividade.
Presença feminina no crime organizado ainda é exceção
Embora em número reduzido, as quatro mulheres presentes na lista demonstram que o envolvimento feminino também ocorre em posições estratégicas do crime, principalmente no tráfico e em delitos patrimoniais.
Ainda assim, os dados confirmam que a criminalidade de alto impacto no Brasil continua majoritariamente masculina, mantendo um padrão histórico que se repete ao longo das décadas.
Fonte: Redação
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