O governo federal começou um estudo para avaliar a implantação da tarifa zero no transporte público de todo o Brasil. A proposta partiu diretamente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pediu à equipe econômica uma análise sobre novas formas de financiar o sistema sem aumentar os custos para o trabalhador.
Durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o tema está sendo tratado como prioridade. Segundo ele, o governo quer entender de forma detalhada como o setor funciona hoje e quais caminhos podem tornar o transporte público mais acessível.
Estudo busca aliviar o bolso do trabalhador
Haddad explicou que o transporte coletivo ainda pesa muito no orçamento das famílias brasileiras. Por isso, o Ministério da Fazenda iniciou uma radiografia completa do setor, analisando custos operacionais, aportes públicos e privados, e o valor pago pelo usuário.
Além disso, o estudo também examina gargalos tecnológicos e oportunidades de inovação que possam reduzir despesas e ampliar o acesso da população. A ideia central é construir um modelo de sustentabilidade financeira que garanta gratuidade sem comprometer a qualidade do serviço.
Tarifa zero ganha força após decisão em Belo Horizonte
O debate sobre o tema cresceu depois que a Câmara Municipal de Belo Horizonte rejeitou o projeto que criaria a Tarifa Zero na cidade. A proposta teve 10 votos a favor e 30 contra, o que impediu sua aprovação. Ainda assim, a discussão ganhou destaque nacional e reacendeu o interesse do governo federal em avaliar a medida em escala maior.
Enquanto isso, o ministro Haddad ressaltou que a tarifa zero possui forte apelo social, principalmente por beneficiar quem mais depende do transporte coletivo para trabalhar ou estudar. Ele afirmou que Lula quer soluções concretas e sustentáveis, capazes de equilibrar o sistema de forma justa.
Experiências locais inspiram o governo federal
Em diversas cidades brasileiras, a gratuidade no transporte público já é uma realidade. Municípios menores, por exemplo, têm demonstrado bons resultados, com aumento no número de usuários e redução no uso de automóveis.
Essas experiências reforçam a visão de que o modelo pode diminuir desigualdades sociais, estimular a economia local e melhorar a mobilidade urbana. Por isso, o governo avalia como expandir o conceito para as capitais e regiões metropolitanas, onde o custo é mais alto e o impacto social seria ainda maior.
Diálogo com estados e prefeituras será fundamental
Para viabilizar o projeto, o governo pretende abrir uma mesa de negociação com estados, municípios e o setor privado. O objetivo é dividir responsabilidades, garantir a sustentabilidade financeira e encontrar soluções criativas de financiamento.
Com isso, o governo Lula busca um caminho que una inclusão social, eficiência e inovação, fortalecendo o transporte público como direito de todos os brasileiros.
Fonte: Redação
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