Na manhã de sexta-feira (28/11), por volta das 7h30, o pequeno Matthew Cruz Mussa, de 5 anos, caiu do 12º andar de um prédio no Bairro Grand Ville, em Uberlândia (MG). Os bombeiros chegaram rapidamente ao local e confirmaram a morte ainda na área externa do condomínio. Logo em seguida, os policiais iniciaram a apuração e descobriram que a criança estava sozinho no apartamento quando tudo aconteceu.
Como Matthew alcançou a janela
Durante a perícia, os investigadores encontraram imediatamente uma mesa e uma cadeira plásticas infantis posicionadas logo abaixo da janela do banheiro. Assim, os peritos concluíram que Matthew provavelmente subiu nos objetos para conseguir olhar para fora. Além disso, essa janela era a única do imóvel sem tela de proteção e também não tinha limitador de abertura. Por causa disso, o espaço ficou amplo o suficiente para o menino passar.
O relato da mãe e as divergências
A mãe, Emily Linhares, contou à Polícia Militar que acordou por volta das 6h30 e deixou Matthew dormindo enquanto seguia para a academia do condomínio. Como o marido estava no trabalho, o menino permaneceu sozinho. Porém, pouco tempo depois, ele levantou, foi até o banheiro e acabou chegando à janela.
Ainda naquela manhã, o advogado da família apresentou uma versão diferente: segundo ele, Emily não estava na academia, mas sim na lavanderia coletiva da torre, um espaço reservado por aplicativo, e se ausentou por cerca de 10 minutos. Apesar disso, o boletim de ocorrência registrou que ela saiu antes das 7h. Além disso, uma testemunha afirmou que viu a queda por volta das 7h25 enquanto caminhava em frente ao bloco.
O que a polícia encontrou dentro do apartamento
Quando os policiais entraram no imóvel, eles viram imediatamente a cadeirinha e a mesa infantil encostadas na parede logo abaixo da janela do banheiro. Em seguida, os agentes reforçaram a suspeita de que Matthew usou os objetos como apoio. A queda ocorreu de aproximadamente 35 metros, e moradores contaram que ouviram gritos logo após o corpo ser encontrado.
Depois do atendimento médico, Emily foi encaminhada à delegacia. Entretanto, a polícia não confirmou prisão porque, até agora, não identificou elementos que indiquem abandono de incapaz. Para o delegado responsável, esse crime exige intenção clara ou previsibilidade evidente de risco imediato — fatores que, segundo ele, não aparecem na análise inicial.
Velório, sepultamento e sequência da investigação
Após a tragédia, a família levou o corpo de Matthew para Ituiutaba, cidade que fica a 136 quilômetros de Uberlândia. O velório aconteceu entre sexta-feira (28) e sábado (29), e o sepultamento ocorreu no Cemitério São José.
Agora, a Polícia Civil continua o caso. A investigação segue com novas oitivas, análise das imagens internas do prédio e aprofundamento dos laudos periciais. A intenção é esclarecer, definitivamente, cada passo que levou ao acidente.
Fonte: Redação
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