A professora de estética Jussara Luzia Fernandes, de 62 anos, confessou ter matado o namorado Alex Sandro da Silva Rocha, de 21 anos, com 40 golpes de tesoura, e o caso chocou os moradores de Bebedouro, no interior de São Paulo.

Além disso, depois da confissão, as autoridades decidiram ampliar as investigações e agora apuram o possível envolvimento dela na morte do ex-marido, registrada em janeiro deste ano na mesma residência. A polícia prendeu Jussara na última sexta-feira (24), logo após receber novas denúncias sobre o crime.
CRIME REVELADO APÓS DENÚNCIA
De acordo com a Polícia Civil, Jussara admitiu o assassinato depois de uma denúncia anônima encaminhada à Guarda Civil Municipal. Os agentes foram até a casa dela e notaram um buraco recém-aberto no quintal. A princípio, a mulher disse que havia enterrado um cachorro, mas logo entrou em contradição e confessou o homicídio.
O Corpo de Bombeiros localizou o corpo do rapaz e o encaminhou ao IML. O laudo inicial revelou perfurações profundas no tórax e nas costas, somando pelo menos 40 ferimentos.
Durante o depoimento, Jussara afirmou que agiu em legítima defesa, alegando ter sofrido agressões e ameaças de Alex. Conforme a investigação, o casal estava junto havia cinco meses e morava na mesma casa.
INVESTIGAÇÃO SOBRE O EX-MARIDO
O caso reacendeu suspeitas sobre a morte do ex-marido da professora. Em janeiro, o homem apareceu morto dentro da piscina da residência de Jussara, no bairro Eldorado. Na época, o laudo apontou afogamento como causa da morte, e a polícia encerrou o caso como morte acidental.
Entretanto, após o novo homicídio, o delegado João Vitor Silvério, do 2º Distrito Policial de Bebedouro, afirmou que a versão anterior será revisada. Segundo ele, “diante de tudo o que foi apurado agora, o caso anterior merece uma investigação mais aprofundada”.
Na ocasião, Jussara contou à polícia que encontrou o então companheiro já sem vida na piscina ao chegar em casa. Agora, os investigadores querem entender se há relação entre as duas mortes.
DETALHES DO CRIME
Durante as buscas, a polícia apreendeu celulares, uma faca, um par de sandálias com manchas de sangue e documentos da vítima e da investigada. Os agentes também descobriram que o filho de Jussara sabia do assassinato e a aconselhou a não procurar a polícia imediatamente, para evitar o flagrante.
Segundo o delegado, o jovem ajudou a cobrir o corpo com um lençol e, depois, levou para a parte de trás da casa. Em seguida, a professora contratou um homem, pagando R$ 50 para cavar o buraco onde ela enterrou o corpo. Ela afirmou ao trabalhador que iria sepultar um cachorro.
O homem prestou depoimento, e a polícia não o considera suspeito. Entretanto, ainda não há definição sobre uma possível responsabilização do filho de Jussara por omissão.
PRISÃO E AUDIÊNCIA
Após confessar o crime, a professora foi encaminhada à Cadeia Pública Feminina de Bebedouro. Ela responde por homicídio e ocultação de cadáver. A mulher passou por audiência de custódia e permanecerá presa enquanto o caso segue sob investigação pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
Jussara relatou que, antes do crime, Alex havia se tornado violento e a ameaçava constantemente. Mesmo assim, a polícia busca confirmar a versão de legítima defesa, reunindo provas e depoimentos que possam esclarecer o que realmente aconteceu.
Fonte: Redação
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