O Supremo Tribunal Federal decidiu enfrentar mais uma gigante americana. Depois do X (antigo Twitter), o tribunal colocou a Netflix no centro de uma nova polêmica. A decisão provocou forte impacto no mercado financeiro e derrubou as ações da empresa em mais de 7%.

A CNN Brasil revelou que o serviço de streaming lucrou menos do que o esperado no terceiro trimestre. A empresa atribui parte da queda a uma disputa judicial no Brasil. O processo envolve o pagamento de US$ 619 milhões em impostos. O diretor financeiro da Netflix, Spencer Neumann, afirmou que esse valor representa o custo de fazer negócios no país.
O conflito gira em torno da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, conhecida como Cide-Tecnologia. Esse imposto incide sobre pagamentos ao exterior quando há transferência e uso de tecnologia. No entanto, o STF decidiu ampliar o alcance da cobrança e incluir serviços que antes não entravam nessa regra. Dessa forma, o modelo de operação da Netflix passou a ser afetado diretamente.
“O Supremo do Brasil decidiu que o imposto se aplica a uma gama mais ampla de transações do que pensávamos ser legalmente permitido. Em particular, até mesmo a pagamentos de serviços que não envolvem transferência de tecnologia”, declarou Neumann. Além disso, ele alertou que essa mudança pode atingir outras multinacionais que atuam no país e gerar insegurança jurídica no setor.
Netflix vai deixar o Brasil?
Apesar da derrota no STF e da queda nas ações, a Netflix não pretende sair do Brasil. O portal Notícias da TV informou que o país está entre os maiores mercados da empresa no mundo. Milhões de assinantes brasileiros consomem o conteúdo da plataforma e impulsionam a produção de séries, filmes e documentários locais.
A empresa pretende continuar investindo no mercado nacional, mesmo com o aumento dos custos. A direção acredita que o público brasileiro continua essencial para o crescimento global da marca. Dessa maneira, a Netflix quer manter suas produções, fortalecer o catálogo nacional e ampliar as oportunidades de trabalho no setor audiovisual.
Enquanto o impasse com o STF segue em discussão, a plataforma busca alternativas para equilibrar as finanças e reduzir os impactos do novo imposto. Por outro lado, o governo brasileiro reforça a importância de empresas estrangeiras contribuírem de forma justa com os tributos nacionais.
No fim das contas, a disputa promete continuar nos próximos meses e pode redefinir o modo como gigantes da tecnologia operam no país.
Fonte: Redação
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