Lauriza Pereira de Brito, de 24 anos, admitiu ter agredido o filho de 9 anos com tapas e chineladas. Ela estava sob efeito de cocaína no momento. Além disso, a polícia prendeu Deivisson Moreira, de 38 anos, padrasto da vítima, por suspeita de participação direta ou indireta.

A mãe prestou depoimento quase um mês após a morte de Arthur Pereira Alves, ocorrida em 23 de agosto. Inicialmente, Lauriza afirmou que a criança havia caído de uma escada na escola. No entanto, os médicos identificaram ferimentos incompatíveis com uma queda. Dessa forma, a polícia aprofundou a investigação, ouviu vizinhos, familiares e profissionais de saúde, e analisou todas as provas disponíveis.
Lesões e investigação detalhada
O prontuário médico apontou várias fraturas e hematomas pelo corpo. Por isso, a equipe hospitalar acionou imediatamente a polícia. Posteriormente, Lauriza e o padrasto foram intimados para esclarecer o caso. As contradições nas versões e os relatos de vizinhos sugeriram que ambos participaram do crime, direta ou indiretamente. Isso reforçou a necessidade de investigação detalhada e contínua.
Proteção dos irmãos
O Conselho Tutelar interveio para proteger os outros dois filhos do casal. Eles receberam acompanhamento físico e psicológico, garantindo segurança emocional. Lauriza foi levada ao Presídio de Vespasiano, enquanto Deivisson foi encaminhado ao Ceresp Gameleira. A Polícia Civil segue ouvindo testemunhas e aguardando resultados de exames periciais, para concluir o inquérito com precisão.
Relatos de vizinhos e profissionais de saúde
Moradores do bairro Flávio Marques Lisboa contaram que ouviam gritos de socorro com frequência. Na noite anterior à morte, vizinhos disseram ter ouvido Arthur pedindo ajuda insistentemente. A médica da UPA Barreiro constatou que os ferimentos não correspondiam à versão da mãe. Além disso, a vice-diretora da escola confirmou que não houve acidentes na unidade. Isso reforçou a suspeita de violência doméstica.
Comportamento dos responsáveis e antecedentes
Durante o velório, familiares se surpreenderam com o comportamento de Lauriza, que chegou sorrindo. Por outro lado, o padrasto não compareceu à cerimônia. Segundo documentos judiciais, Lauriza possui antecedentes por tráfico de drogas e histórico de mudanças frequentes de endereço. Isso dificultou o acompanhamento familiar, escolar e social, aumentando os riscos de negligência infantil.
Consequências e alerta social
A morte de Arthur evidencia a violência doméstica e a negligência infantil. Além disso, reforça a necessidade de políticas públicas de prevenção, acompanhamento psicológico e acolhimento familiar. Enquanto o inquérito segue, a comunidade lida com a dor, a indignação e o impacto social. Ao mesmo tempo, espera respostas e justiça para a tragédia ocorrida.
Fonte: Redação
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