O recém-nascido de cinco meses de gestação, que a família retirou vivo do próprio velório em Rio Branco, no Acre, morreu às 23h do domingo (26). O bebê nasceu na sexta-feira (24) e, inicialmente, a equipe médica da Maternidade Bárbara Heliodora declarou como natimorto. Entretanto, durante o velório, os familiares ouviram o choro do bebê dentro do caixão e, imediatamente, o levaram de volta ao hospital. Assim, a equipe médica iniciou procedimentos de reanimação de urgência.
A Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre) informou que o bebê morreu devido a choque séptico e sepse neonatal. A infecção generalizada atingiu múltiplos órgãos e provocou falência progressiva. Além disso, a Sesacre explicou que a equipe médica não cogitou transferir o bebê para outra unidade, devido ao alto risco de agravamento. Portanto, a criança permaneceu na maternidade sob cuidados intensivos.
Investigação e apuração
A Polícia Civil investiga o caso. Além disso, o Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) e a própria Sesacre iniciaram apurações internas para avaliar a conduta da equipe médica. Ainda, a Sesacre afastou temporariamente os profissionais que atenderam o bebê, garantindo que a investigação ocorra de forma transparente e completa.
O bebê estava em estado crítico desde que os familiares perceberam sinais de vida. Na UTI Neonatal, ele respirava com ajuda de aparelhos. Dessa forma, a equipe intensificou todos os cuidados para tentar estabilizar o quadro clínico. Entretanto, mesmo com esforços contínuos, o bebê não resistiu.
Entenda o caso
O bebê nasceu prematuro, com apenas cinco meses de gestação. Além disso, o laudo médico indicou hipóxia intrauterina como causa inicial do natimorto, condição em que o feto não recebe oxigênio suficiente durante a gestação.
A mãe, natural de Pauini, no Amazonas, viajou para o Acre para dar à luz, pois apresentou sangramento e precisou de indução ao parto. Durante o velório, os familiares perceberam que o bebê chorava dentro do caixão após cerca de 12 horas em um saco. Portanto, eles o levaram de volta à maternidade e solicitaram atendimento emergencial. Assim, a equipe médica iniciou imediatamente os procedimentos de reanimação.
A pediatra neonatologista Mariana Collodetti relatou que o bebê apresentava prematuridade extrema e quadro clínico gravíssimo. Consequentemente, a criança exigiu atenção contínua. Ainda assim, apesar de todos os esforços da equipe, o bebê não resistiu às complicações da sepse.
Pronunciamento da Sesacre
A Sesacre divulgou nota expressando profundo pesar e solidariedade à família. Além disso, o órgão reforçou que todos os protocolos de reanimação foram seguidos. Portanto, a equipe médica fez todos os esforços possíveis para cuidar do recém-nascido.
“A equipe responsável pelo atendimento inicial foi afastada para garantir a lisura de todo o processo”, declarou a nota. Além disso, a Sesacre reafirmou o compromisso de aprimorar diariamente os cuidados humanizados e a atenção à vida.
A diretora-geral da maternidade, Simone da Silva Prado, e o secretário de Saúde, Pedro Pascoal Duarte Pinheiro Zambon, também expressaram solidariedade. Logo, desejaram conforto à família diante da perda irreparável.
Fonte: Redação
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