Metanol: o que é substância nas bebidas que matou duas pessoas

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Em apenas 25 dias, São Paulo registrou nove casos de intoxicação por metanol, e dois deles resultaram em morte. A primeira vítima, um homem de 54 anos, morreu em 15 de setembro, na capital paulista, depois de apresentar sintomas no dia 9 e procurar atendimento em hospital particular. Já a segunda vítima, um homem de 38 anos, faleceu em São Bernardo do Campo, no dia 18, após dar entrada em um hospital da cidade.

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As autoridades estaduais confirmaram os óbitos no último sábado (27). Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde informou que outros pacientes também apresentaram sintomas semelhantes, o que aumentou a preocupação das autoridades de saúde. Dessa forma, o caso ganhou repercussão rápida, sobretudo porque envolve risco coletivo.

Governo emite alerta sobre bebidas

O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor e do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, emitiu recomendações urgentes. O órgão orientou bares, restaurantes, casas noturnas, hotéis, mercados, atacarejos e aplicativos de entrega a reforçarem a checagem da procedência das bebidas. Além disso, o governo destacou que os consumidores precisam evitar rótulos desalinhados, lacres violados e garrafas sem identificação clara do fabricante.

As recomendações também pediram atenção redobrada para preços muito abaixo do mercado e para bebidas com odor incomum. Nesse sentido, os especialistas reforçaram que ninguém deve realizar “testes caseiros”, como provar ou acender a bebida. Em vez disso, a população deve denunciar irregularidades e, principalmente, procurar atendimento médico imediato em caso de sintomas como visão turva, náusea, tontura e dor de cabeça intensa.

Risco de surto epidêmico preocupa autoridades

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas alertou que o cenário atual difere de intoxicações anteriores. Antes, os registros ocorriam entre pessoas em situação de rua que consumiam combustível deliberadamente. Agora, no entanto, a intoxicação acontece em ambientes sociais de consumo de álcool, o que amplia o risco de um surto epidêmico.

As autoridades explicaram que esse tipo de contaminação pode provocar surtos com múltiplos casos graves em curto período. Por isso, o Ministério reforçou que a população precisa redobrar os cuidados, sobretudo em finais de semana, quando aumenta a frequência em bares e festas. Além disso, destacou que os órgãos de saúde devem agir de maneira rápida para conter novos casos.

Polícia investiga adulteração com metanol

A Polícia Civil abriu investigações para apurar a adulteração das bebidas. O 2º Distrito Policial de São Bernardo do Campo acompanha o caso da vítima da cidade, enquanto o 48º DP, em Cidade Dutra, investiga uma intoxicação ocorrida na capital. As delegacias já coletaram depoimentos, requisitaram exames periciais e intensificaram as diligências.

O Ministério da Justiça classificou a prática como crime previsto no Código Penal e também como infração à lei de defesa do consumidor. Além disso, o órgão reforçou que a venda de produtos adulterados compromete a saúde pública e ameaça a segurança de toda a sociedade.

Por fim, o governo federal reafirmou que continuará acompanhando os casos, fortalecendo a fiscalização e dialogando com o setor privado. Dessa forma, espera-se que os estabelecimentos intensifiquem os cuidados e que os consumidores adotem medidas preventivas para evitar novas tragédias.

Fonte: Redação

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