A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, nesta segunda-feira (15), um homem de 43 anos suspeito de matar a companheira e tentar encobrir o crime ao simular um acidente de trânsito. O caso ocorreu na MG-050, em Itaúna, na região Oeste do estado.
Inicialmente, o episódio parecia um acidente comum. No entanto, ao aprofundar as apurações, os investigadores identificaram indícios claros de feminicídio.
Dinâmica do crime levantou suspeitas
Segundo a investigação, o homem agrediu a companheira, colocou o corpo da vítima no banco do motorista e, em seguida, provocou uma colisão para simular um acidente. O caso aconteceu na manhã de domingo (14).
Ainda no local, as equipes de segurança perceberam inconsistências entre a dinâmica do acidente e as lesões apresentadas pelo casal. Por isso, a polícia decidiu reavaliar o caso durante a madrugada.
Imagens de pedágio foram decisivas
Além disso, câmeras do pedágio de Itaúna registraram o veículo chegando ao local conduzido pelo suspeito, que estava no banco do passageiro. Ao mesmo tempo, a mulher aparecia desacordada no banco do motorista.
As imagens mostram o homem realizando o pagamento enquanto a atendente observa a vítima imóvel. Logo depois, a funcionária questionou o estado da mulher. Ele respondeu que ela apenas passava mal.
Ainda conforme relato à polícia, a atendente notou que o homem estava muito agitado, suado e com arranhões visíveis no rosto.
Perícia confirma agressões e asfixia
Com o avanço das apurações, os investigadores confirmaram que as marcas no corpo da vítima indicavam agressões físicas. Diante disso, a polícia entrou em contato com familiares e solicitou o adiamento do sepultamento.
Posteriormente, uma nova autópsia apontou indícios de asfixia. Além disso, a perícia técnica concluiu que a colisão, sozinha, não causaria a morte da mulher.
Prisão ocorreu durante o velório
Enquanto monitorava o suspeito de forma discreta, a Polícia Civil decidiu agir. Assim, uma viatura descaracterizada chegou ao velório, onde os agentes deram voz de prisão ao homem.
Ele não reagiu e também não confessou o crime no momento da abordagem.
Histórico de violência doméstica
Durante a investigação, a polícia confirmou que a vítima sofria violência doméstica. Fotos encontradas no celular e registros hospitalares comprovaram as agressões anteriores.
Em depoimento, o suspeito afirmou que havia ingerido bebida alcoólica na noite anterior e, por isso, a mulher conduzia o veículo. No entanto, os investigadores não aceitaram a versão.
Os celulares do casal seguem sob análise da Polícia Civil. O homem permanece preso, enquanto o caso continua em investigação.
Fonte: Redação
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