Esses itens não se tratam do tradicional pó de café. Eles imitam embalagens de marcas conhecidas e, por isso, podem confundir o consumidor. A rotulagem com o nome real do produto — “pó para preparo de bebida sabor café” — aparece em letras pequenas, na parte inferior da embalagem. O custo reduzido também é um atrativo, o que aumenta o risco de engano.
Segundo o Ministério da Agricultura, a retirada das três marcas do mercado ocorreu após testes de laboratório identificarem a presença de componentes inadequados. Foram encontrados elementos considerados “matérias estranhas”, como pedras, areia e sementes de ervas daninhas, além de “impurezas”, como galhos, folhas e cascas. Os níveis de contaminação estavam acima do 1% permitido por lei.
Os lotes também apresentaram micotoxinas em concentrações superiores ao permitido. Micotoxinas são substâncias tóxicas produzidas por fungos, capazes de causar danos à saúde humana.
Em fevereiro, após a apreensão dos produtos, o governo já havia adiantado que os materiais analisados não podiam ser classificados como alimentos. Os nomes das marcas, no entanto, não haviam sido divulgados até agora.
De acordo com o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Ministério da Agricultura, Hugo Caruso, os produtos não continham café em sua formulação. Eram compostos por resíduos descritos por ele como “lixo da lavoura”.
E se você comprou um desses café?
O Ministério orienta que quem tenha adquirido os itens listados interrompa o consumo imediatamente. O consumidor pode pedir a troca do produto com base no Código de Defesa do Consumidor.
Caso os pacotes ainda estejam sendo vendidos, é possível comunicar a ocorrência à plataforma Fala.BR, indicando o nome e o endereço do estabelecimento onde a compra foi feita.
Fonte: Terra
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