Uma adolescente de 17 anos morreu no último domingo (1º) após ingerir um bolo envenenado de pote que recebeu como presente em casa, em Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo. O doce, acompanhado de um bilhete com a frase “Um mimo para a garota mais linda que eu já vi”, foi entregue por um motoboy no sábado (31), por volta das 17h, e recebido pela irmã da vítima.
Ana Luiza chegou em casa cerca de uma hora depois e consumiu o bolo. Em menos de 60 minutos, ela começou a passar mal e relatou os sintomas a um amigo por mensagem. Questionada por ele, admitiu não saber a origem do presente. Mesmo após ser levada ao hospital, recebeu alta e voltou para casa. No domingo, no entanto, passou mal novamente e morreu a caminho do hospital.

O caso foi inicialmente tratado como morte suspeita. Entretanto, a investigação avançou após a polícia rastrear o motoboy responsável pela entrega, que forneceu informações cruciais para identificar a remetente do bolo: uma colega de Ana Luiza, também de 17 anos, que havia passado a noite na casa da vítima.
De acordo com o pai da jovem, Silvio Ferreira das Neves, a adolescente suspeita de ter envenenado presenciou todos os momentos em que Ana Luiza passou mal, inclusive quando desmaiou no banheiro no dia da morte, sem demonstrar qualquer reação. Ela ainda participou do velório, onde chegou a abraçar os familiares da vítima.
Confissão e histórico de tentativa anterior
Durante depoimento na delegacia, a adolescente inicialmente negou envolvimento, mas após horas de interrogatório, confessou ter colocado arsênico no bolo. A jovem foi apreendida e encaminhada à Fundação Casa após decisão da Justiça.
A polícia também descobriu que ela já havia envenenado outra adolescente no dia 15 de maio, utilizando a mesma tática: um bolo entregue com bilhete carinhoso. A primeira vítima chegou a ser internada, mas sobreviveu. Com a repercussão do caso de Ana Luiza, a família dessa menina procurou a polícia, reforçando a conexão entre os dois episódios.
Laudo médico confirma intoxicação
Segundo o boletim de ocorrência, Ana Luiza chegou ao hospital já sem sinais vitais. O relatório médico apontou parada cardiorrespiratória cerca de 20 minutos antes da chegada. A jovem apresentava cianose, hipotermia e ausência de batimentos cardíacos e respiração. O laudo preliminar indica intoxicação alimentar como causa da morte, e a confirmação do envenenamento depende dos resultados do exame toxicológico.
Fonte: Redação
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