A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta terça-feira (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado em 2022. Bolsonaro é acusado de cinco crimes: organização criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Entenda o caso:
Denúncia inédita: É a primeira vez que um ex-presidente da República é denunciado por tentar atacar a democracia.
Organização criminosa: Segundo a PGR, Bolsonaro liderava um grupo organizado para permanecer no poder após a derrota para Lula em 2022.
Principais nomes envolvidos: Além de Bolsonaro, foram denunciados ex-ministros como Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (GSI), Anderson Torres (Justiça) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), além do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier.
Provas contra Bolsonaro:
A denúncia aponta que a tentativa de golpe começou com discursos de Bolsonaro atacando o sistema eleitoral em 2021 e culminou com os atos de vandalismo em 8 de janeiro de 2023.
Depoimentos: Ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica confirmaram que Bolsonaro discutiu a minuta do golpe com eles.
Abin paralela: Documentos e mensagens indicam que a Abin produziu dossiês e auxiliou na disseminação de desinformação sobre o sistema eleitoral.
Detalhes do plano golpista:
A PGR afirma que Bolsonaro discutiu o plano com militares e aliados políticos, incluindo a possibilidade de assassinato de autoridades, como Lula e ministros do STF.
O caso será analisado pela Primeira Turma do STF, que pode determinar a abertura de ação penal contra os envolvidos.
Reações:
Bolsonaro declarou não estar preocupado com a denúncia.
Flávio Bolsonaro chamou a acusação de “vazia” e acusou o STF de perseguição.
A defesa de Braga Netto classificou a denúncia como “fantasiosa”.
FONTE: UOL
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