Os números divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira mostram que a volta do Bolsa Família e a manutenção de um valor mais elevado da transferência de renda em 2023 tiveram um impacto significativo na redução da desigualdade de renda no Brasil. O Índice de Gini permaneceu estável em 0,518, evitando um aumento na disparidade entre os mais ricos e os mais pobres.
O rendimento médio das famílias brasileiras atingiu um recorde de R$ 1.848 por pessoa por mês, com um aumento de 11,5% em relação a 2022. Mas foi nos mais pobres que se observou um salto significativo nos ganhos. Os 40% mais pobres viram seus rendimentos aumentarem em 17,6%, atingindo R$ 527 por mês por pessoa da família. Já os 5% mais pobres tiveram um aumento de 38,5%.
No entanto, mesmo com esses avanços, cerca de 10 milhões de brasileiros extremamente pobres ainda recebem um valor muito baixo para garantir sua subsistência: R$ 126 por pessoa. Para uma família composta por dois adultos e duas crianças, isso significa viver com apenas R$ 504 por mês para todas as despesas.
A reformulação do Bolsa Família, recriado pelo governo federal em março do ano passado, teve um papel crucial nesses aumentos expressivos. Com a expansão do programa social, foi possível proporcionar um alívio significativo para os mais vulneráveis e contribuir para a redução da desigualdade no país.