No dia 4 de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em 25 de fevereiro, foi uma demonstração de que Bolsonaro está preocupado com possíveis sanções na Justiça devido ao inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Lula declarou que Bolsonaro “sabe que pode ser preso” e está tentando fugir das consequências. Durante o discurso de abertura da 4ª Conferência Nacional de Cultura, em Brasília, Lula também afirmou que o ex-presidente tentou dar um golpe no país e que o ato na Paulista foi uma confirmação de que Bolsonaro “fez uma besteira”.
Em relação ao pedido de anistia feito por Bolsonaro durante a manifestação, o público presente no evento entoou um coro de “Sem anistia”, mostrando seu repúdio à proposta do ex-presidente.
Lula também mencionou a “minuta golpista”, um texto elaborado pelo entorno de Bolsonaro após sua derrota nas eleições, com o objetivo de justificar a convocação de um novo pleito. O ex-presidente criticou o documento, chamando de tentativa de golpe usando a Constituição.
Em resposta às declarações de Lula, o advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, disse que o presidente está no caminho certo e que o desespero de Lula transborda a cada pronunciamento sobre Bolsonaro.