Saiba como estava creche infantil interditada em Anápolis

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Uma creche infantil chamada Espaço Aquarela, localizado no Bairro de Lourdes, em Anápolis, foi interditado nesta quinta-feira (6) depois que uma criança de dois anos precisou de socorro médico por causa de convulsões e ferimentos na cabeça. O episódio mobilizou rapidamente equipes da Polícia Militar, Conselho Tutelar, Secretaria de Posturas, Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária.

Segundo relatos, uma mulher chamou a Polícia Militar ao ver a menina passando mal em frente ao estabelecimento. Assim que chegaram, os policiais encontraram a criança com sangramento nasal, hematomas na cabeça e convulsões ativas. Diante da urgência, a equipe prestou o primeiro socorro e levou a vítima até a Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro. Logo depois, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) assumiu o atendimento e transferiu a menina para a UPA Pediátrica.

Irregularidades e ambiente perigoso

Durante a vistoria, os agentes descobriram várias irregularidades. O local não tinha alvará de funcionamento nem a documentação exigida para atuar como creche. Além disso, o espaço usava apenas um CNPJ registrado em São Paulo. A proprietária contou que havia inaugurado o hotelzinho em abril deste ano, depois de se mudar para Goiás, mas ainda não havia regularizado o negócio.

Ao entrarem nas dependências do hotelzinho, os policiais encontraram cerca de 20 crianças em um ambiente completamente inadequado. Havia portas de madeira com pregos expostos, materiais pontiagudos, objetos metálicos acessíveis e uma construção inacabada com tijolos soltos. Ainda pior, as crianças circulavam livremente pela cozinha, onde panelas quentes estavam sobre o fogão, cercadas por louças sujas e restos de comida.

Além disso, o chão apresentava restos de alimentos e um forte odor de fezes por causa de fraldas descartadas de forma incorreta. O cenário deixava evidente o risco à saúde e à integridade das crianças.

Fiscalização e interdição imediata

Diante da gravidade, os fiscais da Vigilância Sanitária e do Corpo de Bombeiros confirmaram as condições precárias e informaram que fariam novas inspeções nos próximos dias. Enquanto isso, o Conselho Tutelar acompanhou a retirada das crianças e garantiu que todas voltassem em segurança para os braços dos pais.

Logo em seguida, a Secretaria Municipal de Posturas interditou o hotelzinho com base no Código de Posturas do Município (Lei Complementar nº 279/2012). Dessa forma, o espaço foi fechado até que todas as irregularidades sejam corrigidas e os documentos regularizados.

Investigação e providências legais

A responsável pelo local, de 33 anos, foi levada à Central de Flagrantes para prestar esclarecimentos. Agora, a Polícia Civil investiga o caso para entender se outras pessoas participaram das irregularidades e se houve negligência nos cuidados com as crianças.

Além disso, as autoridades municipais reforçaram que o funcionamento de creches e espaços infantis exige rigor no cumprimento das normas legais. Somente assim é possível garantir um ambiente seguro e adequado para o desenvolvimento das crianças.

Fonte: Redação

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