Uma nova modalidade de golpe tem causado pânico entre comerciantes de Anápolis. Nos últimos dias, ao menos três estabelecimentos comerciais em diferentes bairros da cidade foram alvos de criminosos que simulam assaltos por telefone.
A abordagem, segundo relatos das vítimas, é sempre parecida: o golpista liga para o comércio, se apresenta de forma educada e inicia uma conversa aparentemente comum, pedindo informações sobre produtos e se identificando.
Logo em seguida, passa a fazer ameaças, afirmando que está prestes a invadir o local armado, exigindo que o dinheiro do caixa seja separado — ou até deixado na calçada — para ser recolhido.
Na quarta-feira de maio 21, uma drogaria no Parque dos Pirineus foi uma das vítimas. O funcionário Walmir Mendes contou que o criminoso pediu informações sobre um remédio e seu nome antes de anunciar o falso assalto. “Disse que se ninguém desobedecesse, ninguém ia se machucar. Quando ouviu que eu pedi ajuda, ele se alterou, ameaçou entrar e matar todo mundo”, relatou.
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O susto levou a equipe a fechar as portas e acionar a Polícia Militar (PM). Mesmo sem que o assalto fosse concretizado, o prejuízo já foi sentido pela paralisação do atendimento.
Situação semelhante foi registrada em um supermercado no Setor Central, onde uma funcionária ficou em choque após receber uma ligação com o mesmo padrão. O criminoso também agiu de maneira cordial no início e, posteriormente, exigiu que o dinheiro fosse deixado do lado de fora da loja.
Outro caso ocorreu em uma pizzaria no bairro Jundiaí. Lá, os funcionários, já alertados sobre a prática, acionaram a PM rapidamente, evitando maiores danos.
A Polícia Militar acredita que os criminosos estejam utilizando informações prévias sobre os estabelecimentos para causar mais medo às vítimas. Em vídeo publicado para orientar a população, o aspirante a oficial Julio, do 28º Batalhão, explicou que os suspeitos observam os locais e as rotinas dos funcionários antes de iniciar as ameaças por telefone.
“Com essas informações, eles ligam e dizem exatamente como o funcionário está vestido, em que horário trabalha, e exigem transferências bancárias, geralmente via Pix”, afirmou o policial.
A orientação da PM é clara: não continuar a conversa, desligar imediatamente e acionar as autoridades. “Não dê papo, não siga ordens e chame a polícia. O desespero é o combustível desses criminosos”, reforçou Walmir Mendes.
A população pode acompanhar mais atualizações sobre este e outros casos através dos canais oficiais do Portal 6 e das redes sociais da Polícia Militar.
Fonte: Redação
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