A temporada de exposições deste ano, nos espaços da Secretaria Municipal de Cultura dedicados às artes visuais, começou nesta terça-feira, 7, com o lançamento simultâneo de mostras na Galeria Antônio Sibasolly e no Museu de Artes Plásticas de Anápolis (MAPA) . Trabalhos dos artistas anapolinos Isaac Alarcão, Adelaide
Fontoura e Rondinelli Linhares ocupam as duas salas e o anexo da Galeria, localizada na sede da Secretaria de Cultura, na Praça Bom Jesus. No Museu de Artes Plásticas, instalado em prédio na Praça Americano do Brasil, 32 fotografias em preto e branco contam um pouco das memórias e da história da Ordem dos Frades Menores do Santíssimo Nome de Jesus.As mostras podem ser visitadas até o dia 31 de março, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
O mais conhecido e experiente dos artistas das mostras individuaisque acontecem na Galeria é Isaac Alarcão. São apresentados 21 trabalhos seus, entre pinturas e desenhos, numa seleção que mescla produções realizadas do final da década de 1970 até recentemente. Na obra do artista há um deslocamento para uma representação temática que consiste na personalização da tradição coletiva popular.
Alarcão satisfaz sua necessidade criadora trabalhando com os recursos resultantes da sua observação do objeto, como as visões da vida simples dos vilarejos interioranos, retratando-os em forma de uma crônica pictórica.Nome importante no desenvolvimento das artes visuais em Anápolis, Isaac traz em seu currículo premiações regionais e nacionais. Seu nome figura entre os fundadores da Galeria Antônio Sibasolly e, por mais de 20 anos, esteve à frente da diretoria do Museu de Artes Plásticas de Anápolis – MAPA.
Imprecisões
Os retratos são tema recorrente na produção da artista visual independenteAdelaide Fontoura. A exposição que está aberta ao público na Galeria Antônio Sibasolly até 31 de março reúne trabalhos produzidos pela artista nos últimos dez anos. “Da bem-vinda imprecisão dos retratos” apresenta cinco séries de fotografias extraídas de álbuns de família e realizadas com anônimos, nas ruas da cidade. Adelaide utiliza-se de materiais como parafina, renda, tricô, crochê e outros para criar narrativas poéticas que remetem à imprecisão das histórias e memórias.
A mostra “Pulsações” apresenta trabalhos do jovem Rondinelli Linhares e conta com trabalhos de duas fases de sua produção ao longo dos dois últimos anos: a série “A vida gritando nos cantos” e“Pulsações”, que dá nome à individual do artista, hoje professor da Escola de Artes Oswaldo Verano, uma das unidades culturais da Secretaria Municipal de Cultura. Em meio a angústias pessoais, os trabalhos de Rondinelli criam um diálogo passional com o observador ao tratar da solidão, da desilusão e do amor, questões que permeiam o cotidiano das pessoas, afirma o gerente de projetos e curador de artes visuais da Secretaria de Cultura, Paulo Henrique Silva.
Memória Franciscana
A exposição “Memórias e Cultura Franciscana” é composta por 32 fotografias que retrata cenários urbanos e o religioso das décadas de 1940 e 1950 em Nova York (USA) e nas cidades goianas de Anápolis, Pirenópolis, Catalão, Pires do Rio, Goiandira e Ceres, sob a ótica da Ordem dos Frades Menores do Santíssimo Nome de Jesus. A ideia de realização desta exposição no Museu de Artes Plásticas de Anápolis prende-se, inicialmente, à proposta de proporcionar ao grande público a fruição de trabalhos fotográficos de qualidade dos frades norte-americanos que chegaram a Goiás a partir de 1943, afirma o curador da mostra Jairo Alves Leite.
A curadoria tem como foco discutir o momento histórico por meio das imagens escolhidas para esta mostra. Características de lugares que transcendem as diferenças da religião e se mostram uniformes em cada cena. Nesta exposição há dois conjuntos de trabalhos que foram expostos, um na Matriz de Sant’Ana, na festa da padroeira, e o outro na inauguração do Centro Cultural São Francisco e Museu dos Frades no Coração do Brasil, ambas em 2016.