A partir desta segunda-feira (16), começa uma nova onda de calor no país, a terceira deste ano. Os principais estados afetados serão São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, com possibilidade de se estender para Goiás e Bahia, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A temporada de ondas de calor acende o alerta para os efeitos das altas temperaturas no corpo. No último domingo (16), um homem de 58 anos morreu enquanto fazia uma caminhada no parque Ceret (Centro Esportivo, Recreativo e Educativo do Trabalhador), localizado no Tatuapé, zona leste de São Paulo. Segundo a prefeitura, ele passou mal durante o exercício físico.
De acordo com Cristiane Zambolim, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a intensa onda de calor pode causar sintomas associados à desidratação e queda de pressão arterial.
Entre os principais sintomas e sinais de alerta relacionados às altas temperaturas estão:
- Aumento da frequência cardíaca
- Indisposição
- Sensação de moleza
- Boca seca
- Sonolência
- Queda da pressão arterial
- Desmaios
- Em casos graves, crises convulsivas e perda de consciência
Quando o calor pode matar?
Globalmente, em 2023, as mortes relacionadas ao calor extremo entre pessoas com mais de 65 anos aumentaram 167% em comparação aos óbitos de 1990, segundo um relatório publicado na revista científica The Lancet.
Outro estudo, publicado em dezembro na Science Advances, indicou que as altas temperaturas são mais prejudiciais para os jovens do que para os idosos. No México, 75% das mortes relacionadas ao calor ocorrem entre pessoas com menos de 35 anos, especialmente entre 18 e 35 anos.
Segundo Zambolim, o calor pode ser fatal dependendo das características da pessoa. “Os extremos de idade são mais suscetíveis aos riscos do calor. Quando a temperatura corporal atinge 40 ºC, pode levar ao óbito”, afirma a cardiologista.
O aumento da temperatura corporal acima dos limites saudáveis é chamado de hipertermia. A condição está relacionada a fatores como altas temperaturas e umidade do ar.
“Quando a temperatura está quente e úmida, é mais difícil ocorrer a troca de calor entre o corpo e o ambiente. Nessas condições, o organismo não consegue resfriar a temperatura interna através do suor”, explica Zambolim.
A cardiologista alerta que o calor pode ser fatal em situações como:
- Exposição a temperaturas externas muito altas durante atividades físicas
- Falta de hidratação adequada
- Sobrecarga do organismo para manter a temperatura corporal em até 37,5 ºC
FONTE: CNN
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