A Seleção Brasileira de futebol chamou a atenção dos torcedores ao entrar em campo com uma camisa vermelha, em vez da tradicional amarelinha, durante partida recente. A iniciativa, inédita no uniforme principal da equipe masculina, gerou surpresa e dividiu opiniões nas redes sociais, mas carrega um forte simbolismo: a campanha pela conscientização contra o racismo.
A peça faz parte do movimento “Com Racismo Não Tem Jogo”, promovido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) desde 2023. A cor vermelha simboliza o alerta e o combate a todas as formas de discriminação racial, reforçando o compromisso da entidade com a luta por igualdade dentro e fora das quatro linhas. A estreia da nova camisa ocorreu no amistoso contra a seleção da Inglaterra, no estádio de Wembley, em março de 2024, e, desde então, vem sendo usada pontualmente em jogos selecionados.
A escolha da cor vermelha não é aleatória. Ela remete diretamente ao cartão vermelho, utilizado pelo árbitro para punir atitudes graves no jogo. A ideia é passar a mensagem de que o racismo deve ser expulso da sociedade da mesma forma que um jogador é retirado de campo por comportamento inaceitável.
Apesar da intenção positiva, a mudança visual causou estranheza em parte da torcida brasileira, acostumada com os uniformes tradicionais em amarelo, azul e branco. Alguns torcedores criticaram a decisão nas redes sociais, alegando que o vermelho não representa as cores nacionais. Outros, no entanto, elogiaram a campanha e destacaram a importância de ações simbólicas no combate ao racismo, principalmente no futebol, onde casos de injúria racial têm sido recorrentes nos últimos anos.
A CBF afirmou que a camisa vermelha não substituirá os uniformes oficiais da Seleção, mas será utilizada em ocasiões específicas para reforçar a mensagem antirracista. A entidade também anunciou que parte da renda obtida com a venda da peça será destinada a projetos sociais de inclusão e combate à discriminação.
A Seleção Brasileira se junta, assim, a outras equipes e federações internacionais que têm adotado iniciativas visuais e campanhas públicas em prol da diversidade e da igualdade racial no esporte.
Fonte: Redação
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