Frente fria derruba temperatura em Anápolis

A queda de temperatura registrada em Anápolis chamou a atenção dos moradores, que sentiram o tempo mais ameno após semanas de calor persistente. O fenômeno, no entanto, tem explicação técnica: uma massa de ar polar rompeu o bloqueio atmosférico que estava ativo sobre a região central do continente, permitindo que o ar frio avançasse até o interior de Goiás.

O bloqueio, conhecido como “bolha de calor”, estava posicionado sobre o Paraguai e funcionava como uma barreira natural, impedindo que frentes frias típicas do outono avançassem para o Centro-Oeste. Foi somente durante o fim de semana que o sistema começou a perder força, abrindo caminho para que a primeira incursão de ar polar do mês chegasse a estados como Goiás e Mato Grosso do Sul.

Apesar da sensação de frio nas madrugadas e manhãs, os meteorologistas classificam o resfriamento como tímido, sem registros de temperaturas extremamente baixas. Em Anápolis, os termômetros chegaram a marcar mínimas em torno de 15 °C, com máximas que não ultrapassaram os 25 °C – valores considerados típicos para o outono na região.

O fenômeno costuma ocorrer nesta época do ano, quando massas de ar frio vindas do sul do continente avançam para o interior do Brasil. Neste ano, a transição do fenômeno El Niño para a neutralidade atmosférica dificultava a chegada dessas frentes frias, o que explica o atraso no aparecimento de temperaturas mais amenas.

A previsão para os próximos dias em Anápolis aponta continuidade desse padrão. Até o domingo (18), o tempo segue estável, com manhãs frias e tardes levemente aquecidas. As mínimas devem variar entre 14 °C e 16 °C, enquanto as máximas permanecem na casa dos 24 °C a 26 °C. O céu segue com pouca nebulosidade e não há previsão de chuva para o período, mantendo o padrão seco característico da estação.

Especialistas alertam que esse comportamento climático deve se repetir nas próximas semanas, com entradas pontuais de ar frio, mas sem a intensidade observada em anos anteriores. Ainda assim, a população deve estar atenta às variações bruscas de temperatura, que podem influenciar diretamente a saúde, especialmente entre os grupos mais vulneráveis como crianças e idosos.

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