Após mais de quatro anos de espera, a família do adolescente Dielinton Haryell Silva Roque, de apenas 16 anos, finalmente viu um desfecho para o caso que comoveu Anápolis. Nesta terça-feira (06), o Tribunal do Júri da cidade condenou o motorista Ascanio Dias da Cunha a seis anos de prisão em regime semiaberto pelo atropelamento que tirou a vida do adolescente em dezembro de 2020, na Avenida Pedro Ludovico.
O julgamento ocorreu no Fórum de Anápolis e teve início por volta das 8h30. Além da pena privativa de liberdade, Ascanio teve a Carteira Nacional de Habilitação suspensa, está proibido de conduzir veículos e deverá se apresentar mensalmente à Justiça. O cumprimento da pena será monitorado por tornozeleira eletrônica.
O caso aconteceu na noite de 18 de dezembro de 2020. Dielinton voltava para casa de bicicleta, após jogar futebol, quando foi atingido por um veículo Ford Corcel conduzido por Ascanio. O motorista realizou uma conversão proibida em alta velocidade e fugiu do local sem prestar socorro. Dielinton morreu ainda no local. Dois dias após o acidente, Ascanio foi preso, mas alegou estar fugindo de um assalto — versão posteriormente descartada pela Polícia Civil com base em imagens de câmeras de segurança. No dia 21 daquele mês, ele foi liberado após audiência de custódia, o que gerou revolta na família da vítima e mobilizações nas redes sociais.
Com a condenação, Ascanio Dias da Cunha deverá iniciar o cumprimento da pena em regime semiaberto, o que permite que ele trabalhe durante o dia, desde que retorne para a unidade prisional à noite. Ele também será monitorado eletronicamente e terá que cumprir todas as restrições impostas pela Justiça ao longo do processo de execução penal.
Fonte: Redação
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