Um novo estudo internacional acende o alerta sobre os perigos dos alimentos ultraprocessados, que fazem parte da rotina de milhões de pessoas ao redor do mundo. De acordo com a pesquisa publicada na revista científica American Journal of Preventive Medicine, o consumo excessivo de itens como refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados e comidas congeladas está relacionado a um risco 2,7% maior de morte precoce.
O levantamento considerou dados de quase 240 mil pessoas entre 30 e 69 anos, em oito países: Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá, Chile, Colômbia e México. Ao todo, foram registradas 14.779 mortes ao longo do acompanhamento. A conclusão foi clara: quanto maior o consumo de alimentos ultraprocessados, maior a probabilidade de morte por diversas causas.
Comidas práticas, mas perigosas
Apesar de atraentes pela praticidade e sabor, esses produtos são ricos em ingredientes artificiais como conservantes, corantes, aromatizantes e adoçantes. “Eles são fórmulas prontas que quase não contêm alimentos naturais”, explica a nutricionista Letícia Gasparetto. Entre os exemplos citados por ela estão cereais matinais açucarados, sopas de pacotinho, achocolatados em pó, barrinhas industrializadas, molhos prontos e bebidas adoçadas.
Além do alto teor de açúcar, sal e gorduras ruins, os ultraprocessados são altamente palatáveis, o que contribui para o consumo em excesso e para o desenvolvimento de doenças inflamatórias e crônicas, como obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão, problemas cardiovasculares e até depressão.
Como reduzir o consumo?
Para minimizar os riscos à saúde, a orientação é simples: priorizar alimentos naturais. Frutas, legumes, arroz, feijão, ovos e carnes frescas devem estar mais presentes no cardápio diário. Cozinhar em casa sempre que possível e preparar lanches para levar ao trabalho ou à rua também são boas alternativas.
Outro ponto importante é ficar atento aos rótulos dos produtos. “Se a lista de ingredientes for extensa e com muitos nomes difíceis, desconfie”, alerta Gasparetto. No caso das bebidas, a dica é trocar os refrigerantes por água com limão, sucos naturais ou chás.
Impacto global na saúde pública
Mesmo que mais pesquisas sejam necessárias para entender completamente os efeitos desses produtos no organismo, os autores do estudo destacam que os ultraprocessados representam uma ameaça significativa à saúde pública mundial. As doenças que eles favorecem, como infarto, AVC e câncer, são responsáveis por encurtar a vida de milhões de pessoas todos os anos.
Fonte: O Antagonista
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