A maior unidade de operação aérea do Brasil

Base Aérea de Anápolis é hoje referência na segurança nacional

Quando o então 3º sargento da Aeronáutica Zoroastro Lopes Cavalcante chegou à Anápolis, em agosto de 1972, a imensa área que abriga, hoje, a Base Aérea, era apenas um canteiro de obras. Um pouco antes, no final do ano de 1971, ele e mais de 30 formandos da Escola de Formação da Aeronáutica localizada na cidade paulista de Guaratinguetá, receberam o convite para integrar o quadro inicial de uma das principais unidades militares da Força Aérea Brasileira em construção.

 

Ele disse que após a chegada daquela turma à cidade, a primeira obra concluída do então Núcleo de Defesa Aérea foi a pista de pouso. A partir dela que foram desenroladas as outras etapas, a exemplo dos hangares e dos pavilhões que supriam o funcionamento da unidade. “Nasci no Rio de Janeiro e naquela época não tinha nenhuma ligação com o estado de Goiás”, disse Zoroasto, complementando que só aceitou o convite para vir para Anápolis por conta da novidade e das boas promessas oferecidas ao grupo.

 

Atualmente, a Base Aérea de Anápolis – BAAN – é uma complexa e estruturada unidade militar que dá suporte logístico ao Comando Operacional da Força Aérea Brasileira, localizado em Brasília, é o que explica o comandante da unidade, o coronel-aviador Francisco Bento Antunes Neto. Ele diz que este suporte é feito às unidades aéreas que operam ou estão desdobradas na Base.

 

“A decisão para que um dos nossos caças decole para fazer um controle de voo em determinada região do Brasil parte desse Comando Operacional. Nosso papel é apoiar logisticamente esse tipo de operação”, citou o comandante. Ele destaca a Base Aérea de Anápolis como a maior unidade de operação aérea isolada do Brasil. Isto significa que seu aeródromo é exclusivamente militar e não compartilhado, diferente do que acontece em outras bases aéreas do país.

 

Funcionam na BAAN seis unidades militares que contam com toda uma estrutura. “Na capital federal, por exemplo, nossa unidade militar funciona em área anexa ao Aeroporto Internacional de Brasília. Por isso, pode-se dizer que esta base é a mais importante”, acrescentou.

 

Aviões caça

 

À disposição da Base Aérea de Anápolis em substituição ao antigo Mirage 2000, desativado pela Força Aérea Brasileira em 2013, os aviões caça que atualmente dão suporte às ações da unidade são os chamados F5, mas eles serão substituídos nos próximos anos. O comandante esclarece que a aquisição do Governo Brasileiro dos novos caças suecos, os chamados Gripen, obedece todo um protocolo. “O contrato da aquisição das 36 aeronaves, assinado em 2014, prevê a chegada dos primeiros caças a partir de 2018. Não são aviões de prateleira”, comparou, afirmando que a chegada de todos os caças está prevista para 2024. “Sobretudo, estes novos caças vão dar um salto considerável ao trabalho da FAB.

 

Comparado com do de hoje, o nível que a Força Aé- rea vai estar daqui há dez anos, será bem superior”, destacou o coronel-aviador. Perspectivas O comandante disse, ainda, que o trabalho da Base Aérea de Anápolis para os próximos anos está focado em preparar a unidade para receber novos esquadrões militares da Aeronáutica que será favorecida, principalmente, com a chegada dos novos caças Gripen. “Nossa unidade militar estará preparada para receber, ao menos, três novos núcleos aéreos”, afirmou.

 

Outra expectativa é o reforço da tropa que hoje é de 1.400 homens e mulheres. A cada ano, novas vagas são abertas aos jovens que são pré-selecionados mediante o processo de alistamento militar para ingressar na Base Aérea. Em 2016, 93 conscritos, como são chamados, já estão passando pela etapa de preparação chamada “quarentena”. “A demanda de candidatos é muito superior à oferta de vagas, mas nos próximos meses já saberemos os que ingressarão nos quadros da Força Aérea Brasileira”, finalizou o comandante.

 

Fonte: Tribuna de Anápolis

Quer receber em primeira mão nossas principais notícias e reportagens?

Mais lidas

da semana

Fique por dentro